Começo os Relatos do Interrail por um dos mais inebriantes acontecimentos deste tipo de viagem: as passagens de fronteira. Acontecimento físico mas sobretudo psicológico de atravessamento de imaginárias linhas divisoras, sobre as quais rios de sangue correram e inda correm.
Este não é um tema sobre o qual se possa, a meu ver, generalizar mais do que o feito no parágrafo anterior, pois a história de cada curva dessas linhas diz em si mesma muito sobre o que nela está contido. E não havendo territórios iguais, não haverá fronteiras iguais.
Algumas nem se nota a passagem, noutras a passagem é de tal forma notória que se apanha uma constipação no processo.
Entrar na Turquia custa 10€ para europeus ou 15$ para americanos para um visto de entrada, é bom ser europeu e ter descontos como este. Note-se que o visto diz explicitamente EMPLOYMENT PROHIBITED, o que gera sempre a mesma piada entre os mais atentos a este pormenor.
A frontreira entre Sérvia e Croácia também é digna de registo. Cemitérios humildes com centenas de cruzes delimitam-na. Como estrangeiro a esta realidade os agentes de custumes trataram-me com bastante mais simpatia que aos que dali queriam passar para o outro lado. Nesse aspecto ainda se sente algum recentimento e qualquer coisa entre a vingança e "esta-não-é-a-tua-terra".
Por falar em custumes, só não vê o contrabando quem estiver a dormir. Tabaco e qualquer coisa embrulhada que supuz ser droga vi eu a passar. Aliás, o revisor dum comboio (enquanto os passageiros tratavam dos vistos de saída) comprou dezenas de volumes de LM na fronteira entre a Turquia e a Bulgária. Distribuiu-os em sacos arbitrariamente pelas carruagens e calmamente pediu-nos que dissesse-mos que era nosso caso nos fosse perguntado. Quando lhe perguntei o que ganhava eu com isso fez-se que não percebia inglês. Os custumes búlgaros ficaram com um dos sacos e 2 pancadinhas nas costas e o comboio seguiu viagem.
Chegados a Istambul o comboio entra numa linha suburbana, passando por diversas estações mas não parando em nenhuma. Um outro revisor aproveita para atirar um saco fechado (claramente tabaco não era) numa dessas estações onde um grupo de 2/3 pessoas o esperava (ao saco) de braços abertos e aos pulos depois da bela recepção de um deles.
Ainda assim nada me marcou mais que a passagem da Hungria para a Roménia. Finalmente encontrei o 2º mundo. Um mundo onde não se fala inglês e quem fala aproveita-se disso, e bem. "This is Romania, reservation very very necessary. Oficial price X, non-oficial price.."
quinta-feira, outubro 19, 2006
O interrail à guisa do autor
Olá amigos,
depois de 2 anos de fraca produção intlectual por motivos metereológicos a que a administração do blog é alheia, eis que estão de novo criadas as condições para um saudável aumento de produção.
Como é do conhecimento geral, um interrail foi feito por mim à coisa de 2 meses; sobre o qual pouco o nada tenho dito neste espaço à excepção dos pequenos reports que fui fazendo onde conseguia ligação à internet.
Depois deste tempo necessário à maturação da experiência em si, é chegada a altura de partilhar alguns pensamentos que me ocorrem sobre a dita viagem, poupando-vos a fastidiosos detalhes diariográficos.
depois de 2 anos de fraca produção intlectual por motivos metereológicos a que a administração do blog é alheia, eis que estão de novo criadas as condições para um saudável aumento de produção.
Como é do conhecimento geral, um interrail foi feito por mim à coisa de 2 meses; sobre o qual pouco o nada tenho dito neste espaço à excepção dos pequenos reports que fui fazendo onde conseguia ligação à internet.
Depois deste tempo necessário à maturação da experiência em si, é chegada a altura de partilhar alguns pensamentos que me ocorrem sobre a dita viagem, poupando-vos a fastidiosos detalhes diariográficos.
segunda-feira, outubro 16, 2006
Enquanto a chuva cai
Está de chuva lá fora, recomenda-se uma gabardine.
Estou entusiasmdo com o acordo celebrado entre o Estado Português e o MIT para o desenvolvimento de programas de estudo avançados nas áreas de engenharia de concepção e sistemas avançados de produção, sistemas de energia, sistemas de transporte e sistemas de bioengenharia.
Sinceramente acho que é uma boa aposta do governo, quer pelos intervenientes quer nas áreas de estudo escolhidas. Acho que vai sendo altura de o país deixar cair alguns sectores em que é menos competitivo e fazer apostas com futuro; e sobretudo deixar de investir pouco em tudo e fazer precisamente o contrário. Claro que não é fácil vai levantar muitas ondas, mas tem de ser. Convem ler David Ricardo neste ponto.
Tenho pena que alguns senhores se tenham levntado contra as universidades escolhidas para entrar no programa mas quando é preciso escolher já se sabe que não se pode ir a todas e alguém tem de ficar de fora. Sobretudo Aveiro mas também Évora se têm afirmado nos últimos anos como potenciais concurrentes às universidades clássicas; mas estas têm apostado e bem, sobretudo nas áreas de TI que não são o foco deste programa e provavelmente por isso terão ficado de fora.
Lamentar por último que tenha sido o governo a assinar este acordo. Deveriam ter sido, na minha opinião, as universidades, elas mesmas, a procurar valorizar-se com este tipo de iniciativa, ainda que dependendo sempre do dinheiro estatal para a concretização. Assim, àquelas que ficaram de fora, em vez se queixarem, vão à luta.
Estou entusiasmdo com o acordo celebrado entre o Estado Português e o MIT para o desenvolvimento de programas de estudo avançados nas áreas de engenharia de concepção e sistemas avançados de produção, sistemas de energia, sistemas de transporte e sistemas de bioengenharia.
Sinceramente acho que é uma boa aposta do governo, quer pelos intervenientes quer nas áreas de estudo escolhidas. Acho que vai sendo altura de o país deixar cair alguns sectores em que é menos competitivo e fazer apostas com futuro; e sobretudo deixar de investir pouco em tudo e fazer precisamente o contrário. Claro que não é fácil vai levantar muitas ondas, mas tem de ser. Convem ler David Ricardo neste ponto.
Tenho pena que alguns senhores se tenham levntado contra as universidades escolhidas para entrar no programa mas quando é preciso escolher já se sabe que não se pode ir a todas e alguém tem de ficar de fora. Sobretudo Aveiro mas também Évora se têm afirmado nos últimos anos como potenciais concurrentes às universidades clássicas; mas estas têm apostado e bem, sobretudo nas áreas de TI que não são o foco deste programa e provavelmente por isso terão ficado de fora.
Lamentar por último que tenha sido o governo a assinar este acordo. Deveriam ter sido, na minha opinião, as universidades, elas mesmas, a procurar valorizar-se com este tipo de iniciativa, ainda que dependendo sempre do dinheiro estatal para a concretização. Assim, àquelas que ficaram de fora, em vez se queixarem, vão à luta.
sexta-feira, outubro 13, 2006
Jaques de Molay vingado serás
13 de Outubro de 2006 não está de chuva lá fora; o lugar é Alter do Chão e 11 e pouco é a hora
Faz hoje 699 anos que Filipe IV, O Belo, Rei de França declara ilegal a Ordem dos Templários e mandar prender os seus membros simultaneamente um pouco por todo o lado; mais tarde viriam a ser queimados vivos naquilo a que hoje se chamaria um 2 em 1: executados e cremados logo ali e de uma só vez.
13 de Outubro de 1307, sexta-feira
daí vem o chamado azar das sextas-feiras trezes..
Faz hoje 699 anos que Filipe IV, O Belo, Rei de França declara ilegal a Ordem dos Templários e mandar prender os seus membros simultaneamente um pouco por todo o lado; mais tarde viriam a ser queimados vivos naquilo a que hoje se chamaria um 2 em 1: executados e cremados logo ali e de uma só vez.
13 de Outubro de 1307, sexta-feira
daí vem o chamado azar das sextas-feiras trezes..
quinta-feira, outubro 12, 2006
Carvalho da Silva em prime-time
A CGTP planeia ocupar os seus 5 minutos televisivos de hoje com uns exercícios a realizar em Lisboa, algures entre o Marquês e o Terreiro do Paço. Tratam-se de manobras que visam a preparação das tropas para qualquer eventualidade. Foram fretados 3 autocarros, milhares de ripas de madeira, uma boa dúzia de lençois e uns restos de tinta, sabe-se lá a que preços.
Os exercícios visam, entre outras coisas, que no juntar é que está o ganho, a redução da idade de reforma no sector da construção de 65 para 57 anos; especificidade do sector. Enquanto os outros sectores aumentam, com excepção da educação, do turismo, da agricultura, da industria e do comércio, pelas mesmas razões: especificidade.
De fora ficou a produção e a escrita de blogs, não é específico o suficiente. Ora, como toda a gente sabe, ninguém com mais de 57 anos é capaz de produzir qualquer blog de geito; mais, toda a criatividade do organismo é sugada muito antes da idade crítica dos 39. Como pode, pois, o governo fazer uma coisa destas? Estarão eles interessados em matar os bloguistas de cansaço intelectual? Não chegavam já os Grandes Portugueses e o Dança Comigo?
São questões em que vale a pena reflectir..
Os exercícios visam, entre outras coisas, que no juntar é que está o ganho, a redução da idade de reforma no sector da construção de 65 para 57 anos; especificidade do sector. Enquanto os outros sectores aumentam, com excepção da educação, do turismo, da agricultura, da industria e do comércio, pelas mesmas razões: especificidade.
De fora ficou a produção e a escrita de blogs, não é específico o suficiente. Ora, como toda a gente sabe, ninguém com mais de 57 anos é capaz de produzir qualquer blog de geito; mais, toda a criatividade do organismo é sugada muito antes da idade crítica dos 39. Como pode, pois, o governo fazer uma coisa destas? Estarão eles interessados em matar os bloguistas de cansaço intelectual? Não chegavam já os Grandes Portugueses e o Dança Comigo?
São questões em que vale a pena reflectir..
sexta-feira, setembro 29, 2006
Bulls on parade
- Isso no fundo não é bem assim, se vires bem acabas não sair do mesmo sítio e por isso para que começar?
-...
- Chego sempre à conclusão que toda a opinião sobre uma pessoa colectiva não passa duma generalização grosseira.
- E então? Lá estas tu com a mania das grandezas. A opinião é sempre uma inverdade se fores rebuscar excepções, mas permite o desenvolvimento do argumento, que à falta de melhor, entretem as hostes.
- "Tudo deve ser simplificado o mais possível, mas não mais simples do que isso" disse uma vez o Einstein, não sei em que estava a pensar mas quando se trata de pessoas, não há grande simplificação a fazer; negar isso é ceder aos autocolantes. A humanidade enquanto gente é demasiado intratável. As pessoas é uma coisa relativa..
- Alguém disse um dia que "The dilettantish luxuary of relativism will be forgotten in the boneyards of the future"
- Não estou a ver onde queres chegar.. mas uma coisa é certa e disse-o bem Carl Jung: "people cannot stand too much reality". E no que trata de fugir à realidade.. sabes tu melhor que eu.
Nem tudo cheira bem no reino da dinamarca. Estou aqui, estou a perdê-lo.
"No bairro de perdição aonde aportou a minha juventude, como para acabar de instruir-se, dir-se-ia terem marcado encontro os percursores sinais duma próxima derrocada de todo o edifício da civilização" Guy Debord
Cheira a mofo, diz ele.
Detesto os custos de oportunidade. Detesto janelas. E menos gosto de cabras cegas.
Vou partir à conquista da latrina d'oiro.
"The known is finit, the unknown is infinit; intelectually we stand on an islet of an illimitable ocean of inexplicability. Our business in every generation is to claim a little more land." Thomas Huxley
"A mente é um pára-quedas, só funciona se estiver aberta" Thomas Dewar
-...
- Chego sempre à conclusão que toda a opinião sobre uma pessoa colectiva não passa duma generalização grosseira.
- E então? Lá estas tu com a mania das grandezas. A opinião é sempre uma inverdade se fores rebuscar excepções, mas permite o desenvolvimento do argumento, que à falta de melhor, entretem as hostes.
- "Tudo deve ser simplificado o mais possível, mas não mais simples do que isso" disse uma vez o Einstein, não sei em que estava a pensar mas quando se trata de pessoas, não há grande simplificação a fazer; negar isso é ceder aos autocolantes. A humanidade enquanto gente é demasiado intratável. As pessoas é uma coisa relativa..
- Alguém disse um dia que "The dilettantish luxuary of relativism will be forgotten in the boneyards of the future"
- Não estou a ver onde queres chegar.. mas uma coisa é certa e disse-o bem Carl Jung: "people cannot stand too much reality". E no que trata de fugir à realidade.. sabes tu melhor que eu.
Nem tudo cheira bem no reino da dinamarca. Estou aqui, estou a perdê-lo.
"No bairro de perdição aonde aportou a minha juventude, como para acabar de instruir-se, dir-se-ia terem marcado encontro os percursores sinais duma próxima derrocada de todo o edifício da civilização" Guy Debord
Cheira a mofo, diz ele.
Detesto os custos de oportunidade. Detesto janelas. E menos gosto de cabras cegas.
Vou partir à conquista da latrina d'oiro.
"The known is finit, the unknown is infinit; intelectually we stand on an islet of an illimitable ocean of inexplicability. Our business in every generation is to claim a little more land." Thomas Huxley
"A mente é um pára-quedas, só funciona se estiver aberta" Thomas Dewar
sábado, setembro 16, 2006
Recuperando o folego
Vou andando por aiJorge Palma - À Espera do Fim
Sobrevivendo à bebedeira e ao comprimido
Vou dizendo sim á engrenagem
E ando muito deprimido
É dificil encontrar quem o não esteja
Quando o sistema nos consome e aleija
Trincamos sempre o caroço
Mas já não saboreamos a cereja
Já houve tempos em que eu
Tinha tudo não tendo quase nada
Quando dormia ao relento
Ouvindo o vento beijar a geada
Fazia o meu manjar com pão e uva
Fazia o meu caminho ao sol ou à chuva
Ao encontro da mão miúda
Que me assentava como uma luva
Se ainda me queres vender
Se ainda me queres negociar
Isso já pouco me interessa
Perdemos o gosto de viver
Eu a obedecer e tu a mandar
Os dois na mesma triste peça
Os dois á espera do fim
Tu tens furtuna e eu não
Podes comer salmão e eu só peixe miúdo
Mas temos em comum o facto de ambos vermos
A vida por um canudo
Invertemos a ordem dos factores
Pusemos números à frente de amores
E vemos sempre a preto e branco o programa
Que afinal é a cores
quarta-feira, agosto 30, 2006
Interrail Report Finale
Dia 27: Colónia
Dia 28: Colónia - Amesterdão
Dia 29: Amesterdão
Dia 30: Amesterdão - Lisboa
E assim aconteceu..
Back in Lissabonne em escala de volta até ao Alentejo
Dia 28: Colónia - Amesterdão
Dia 29: Amesterdão
Dia 30: Amesterdão - Lisboa
E assim aconteceu..
Back in Lissabonne em escala de volta até ao Alentejo
sexta-feira, agosto 25, 2006
Interrail Report 07
Dia 26: Munique - Colónia
Depois de ter experimentado o melhor da comida da Baviera e alguma da cerveja local hoje foi um dia complicado. Uma viajem que deveria ter sido de 6 horas tornou-se numa de 9 ou 10 horas. Adormeci no comboio e perdi a oportunidade de sair em Estugarda pelo que segui até Frankfurt (Main) e daí para Mainz e só entao para Colónia.
O plano era conhecer hoje o máximo possível de Colónia e aproveitar amanha para dar um salto ate Hamburgo. Assim parece que nao vai ser desta pois trata-se de uma viajem de 4 horas.. 8 se contar com a volta.. 12 a 14 se la quiser ficar algum tempo. A nao ser que me levante bem cedinho. Vou por o despertador mas depois acabo por nao ver nada de Colónia.. decisions, decisions..
Depois de ter experimentado o melhor da comida da Baviera e alguma da cerveja local hoje foi um dia complicado. Uma viajem que deveria ter sido de 6 horas tornou-se numa de 9 ou 10 horas. Adormeci no comboio e perdi a oportunidade de sair em Estugarda pelo que segui até Frankfurt (Main) e daí para Mainz e só entao para Colónia.
O plano era conhecer hoje o máximo possível de Colónia e aproveitar amanha para dar um salto ate Hamburgo. Assim parece que nao vai ser desta pois trata-se de uma viajem de 4 horas.. 8 se contar com a volta.. 12 a 14 se la quiser ficar algum tempo. A nao ser que me levante bem cedinho. Vou por o despertador mas depois acabo por nao ver nada de Colónia.. decisions, decisions..
quinta-feira, agosto 24, 2006
Interrail Report 06
Dia 21: Belgrado - Zagreb
Dia 22: Zagreb
Dia 23: Zagreb - Liubliana
Dia 24: Liubliana - Salzburgo
Dia 25: Salzburgo - Munique
Está a chegar ao fim, é a mais triste conclusão que me cabe fazer ao escrever os últimos dias do percurso. Pena ter estado só um dia em Ljubljana, nem um dia inteiro sequer, porque valia mais que os 2 que estive em Zagreb. É o problema de reservar as noites nos hostels com antecedencia, as vezes apetece mais e já não é possível (sem perder 10-20€).
De qualquer maneira troquei a última noite em Paris por mais uma em Amesterdão, visto que me parece valer mais a pena; ainda não é desta que subo a Torre Eiffel.
Vou voltar um pouco à vida de sandes e enlatados, depois de sair dos países onde se pode comer bem por relativamente pouco.
Depois desta viajem já vai dando para perceber em que países (zonas) se é bem recebido e quanto isso importa para a satisfacão duma viajem. Agora de volta à Alemanha posso deixar de me preocupar com horários de comboios porque a oferta é tanta que difícil é estar mais de 30 minutos à espera.
Por aqui ainda não há OctoberFest mas estou à espera de alguma AugustFest. Ainda nem mapa tenho mas estou ao pé da estacão principal pelo que não deve ser difícil arranjar um.
Uma última nota para a viajem entre Ljubljana e Salzburg feita às 8h da manhã com o nevoeiro dos Alpes no seu explendor é uma coisa que vale a pena.
Abraco
Dia 22: Zagreb
Dia 23: Zagreb - Liubliana
Dia 24: Liubliana - Salzburgo
Dia 25: Salzburgo - Munique
Está a chegar ao fim, é a mais triste conclusão que me cabe fazer ao escrever os últimos dias do percurso. Pena ter estado só um dia em Ljubljana, nem um dia inteiro sequer, porque valia mais que os 2 que estive em Zagreb. É o problema de reservar as noites nos hostels com antecedencia, as vezes apetece mais e já não é possível (sem perder 10-20€).
De qualquer maneira troquei a última noite em Paris por mais uma em Amesterdão, visto que me parece valer mais a pena; ainda não é desta que subo a Torre Eiffel.
Vou voltar um pouco à vida de sandes e enlatados, depois de sair dos países onde se pode comer bem por relativamente pouco.
Depois desta viajem já vai dando para perceber em que países (zonas) se é bem recebido e quanto isso importa para a satisfacão duma viajem. Agora de volta à Alemanha posso deixar de me preocupar com horários de comboios porque a oferta é tanta que difícil é estar mais de 30 minutos à espera.
Por aqui ainda não há OctoberFest mas estou à espera de alguma AugustFest. Ainda nem mapa tenho mas estou ao pé da estacão principal pelo que não deve ser difícil arranjar um.
Uma última nota para a viajem entre Ljubljana e Salzburg feita às 8h da manhã com o nevoeiro dos Alpes no seu explendor é uma coisa que vale a pena.
Abraco
sábado, agosto 19, 2006
Interrail Report 05
Dia 17: Istambul
Dia 18: Istambul - Plovdiv
Dia 19: Plovdiv - Sofia - Belgrado
Dia 20: Belgrado
Comeco agora o ultimo terco da viajem. Parecia tanto tempo no principio. A indefinicao e geral. Nao era pa aqui vir. Decidi ca ficar uma noite. Festival da cerveja no castelo nao eh so em Lisboa, aqui hoje passa-se o mesmo.
Amanha Zagreb e talvez Ljubliana se nao arranjar sitio para dormir em Zagreb.
Ha pouco passei por uma recordacao da guerra; dois edificio em ruinas e um palacio adjacente que levou com as sobras. Curioso que ambos os edificios em ruinas estavam guardados pelo exercito.
Fora isso parece-me uma cidade normalissima numa tarde de sabado em agosto. Deve tar tudo na praia.
Mais uma vez concegui alugar uma bicicleta e assim ve-se bem mais facilmente a cidade, apesar de nao se verem muitas por aqui.
Abraco
Dia 18: Istambul - Plovdiv
Dia 19: Plovdiv - Sofia - Belgrado
Dia 20: Belgrado
Comeco agora o ultimo terco da viajem. Parecia tanto tempo no principio. A indefinicao e geral. Nao era pa aqui vir. Decidi ca ficar uma noite. Festival da cerveja no castelo nao eh so em Lisboa, aqui hoje passa-se o mesmo.
Amanha Zagreb e talvez Ljubliana se nao arranjar sitio para dormir em Zagreb.
Ha pouco passei por uma recordacao da guerra; dois edificio em ruinas e um palacio adjacente que levou com as sobras. Curioso que ambos os edificios em ruinas estavam guardados pelo exercito.
Fora isso parece-me uma cidade normalissima numa tarde de sabado em agosto. Deve tar tudo na praia.
Mais uma vez concegui alugar uma bicicleta e assim ve-se bem mais facilmente a cidade, apesar de nao se verem muitas por aqui.
Abraco
quarta-feira, agosto 16, 2006
Interrail Report 04
Dia 13: Budapest - Braşov
Dia 14: Braşov
Dia 15: Braşov - Bucareste -Istambul
Dia 16: Istambul
Começo por dizer que os teclados (ou o alfabeto) turco tem 2 is, um com pinta outro sem. a ver: ı e i. o sem pinta ocupa o lugar do com pinta nos nossos teclados. parece apenas um pormenor mas depois nao ha pagına que abra, password que seja aceıte, etc.
Conhecı uns portugueses no comboio de Bucareste para İstambul, jogou-se um Bısmark. Foı bom pela companhia mas tenho andado com eles mas sao gente de passo lento. Estou aquı ah doıs dıas e aında nao vı quase nada.. Pıor, sao do Porto e ja se sabe que nao ha nada melhor que o Porto e nao perdem oportunıdade para o realcar. O que a inveja faz..
Amanha aında fıco por aquı durante o dıa e de noıte vou para a Bulgarıa parando em Plovdiv e depoıs Sofia onde conto voltar a apanhar o comboıo da noıte para Belgrado. Nao ha duvıda que as coısas se passam de outra forma quando se saı da UE. Gostarıa de excluır a Hungria do grupo porque me pareceu ao nivel dos de leste. Onde a Russıa poe o pe..
Va la as coisas na Turquia sao bem dıferentes ao nıvel cultural. Gente aberta e sımpatica, embora do tipo brasileiro, a ver se pinga. Honra seja feita aqueles que nao trabalham em lojas e que realmente tem sıdo impecaveıs. A cidade eh bastante segura para os 12 milhoes que por aqui andam. Na parte turistıca pelo menos.
Agora eh voltar para casa por um camınho dıferente. Toda a gente me dız para ır a Cracovia mas tınha dado geıto ter ıdo antes. Vou ver se aında consıgo.
Porque eh que toda a gente aqui me fala no fıgo ou no ronaldo quando dıgo que sou portugues??
Dia 14: Braşov
Dia 15: Braşov - Bucareste -Istambul
Dia 16: Istambul
Começo por dizer que os teclados (ou o alfabeto) turco tem 2 is, um com pinta outro sem. a ver: ı e i. o sem pinta ocupa o lugar do com pinta nos nossos teclados. parece apenas um pormenor mas depois nao ha pagına que abra, password que seja aceıte, etc.
Conhecı uns portugueses no comboio de Bucareste para İstambul, jogou-se um Bısmark. Foı bom pela companhia mas tenho andado com eles mas sao gente de passo lento. Estou aquı ah doıs dıas e aında nao vı quase nada.. Pıor, sao do Porto e ja se sabe que nao ha nada melhor que o Porto e nao perdem oportunıdade para o realcar. O que a inveja faz..
Amanha aında fıco por aquı durante o dıa e de noıte vou para a Bulgarıa parando em Plovdiv e depoıs Sofia onde conto voltar a apanhar o comboıo da noıte para Belgrado. Nao ha duvıda que as coısas se passam de outra forma quando se saı da UE. Gostarıa de excluır a Hungria do grupo porque me pareceu ao nivel dos de leste. Onde a Russıa poe o pe..
Va la as coisas na Turquia sao bem dıferentes ao nıvel cultural. Gente aberta e sımpatica, embora do tipo brasileiro, a ver se pinga. Honra seja feita aqueles que nao trabalham em lojas e que realmente tem sıdo impecaveıs. A cidade eh bastante segura para os 12 milhoes que por aqui andam. Na parte turistıca pelo menos.
Agora eh voltar para casa por um camınho dıferente. Toda a gente me dız para ır a Cracovia mas tınha dado geıto ter ıdo antes. Vou ver se aında consıgo.
Porque eh que toda a gente aqui me fala no fıgo ou no ronaldo quando dıgo que sou portugues??
sexta-feira, agosto 11, 2006
Interrail Report 03
Dia 12: Budapeste
Hoje deu para ver alguma coisa do lado de Buda, especialmente as colinas. O metro está em obras pelo que só de autocarro ou eléctrico é que se atravessa o danúbio.. ou a pé. Por falar nisso o Danúbio está longe de ser azul. Acastanhado, vá.
Encontrei aqui algo que me parece muito lisboeta, a sensacao de ser capital de uma grande coisa mas que nao manda em mais que um pequeno nada.
Aqui ainda se entra nos autocarros em qualquer porta que abra, atravessa-se a estrada fora da passadeira ou com o sinal vermelho entre outras coisas.. para quem veio da Alemanha e Austria isto já me parece terceiro mundista.. que será quando chegar á Roménia ou Bulgária..
Por falar em terceiro mundista, os austriacos nao entendem o conceito de fila. Já havia tomado conhecimento deste facto nas célebres cantinas parisienses, mas estar num alinhamento de McDonalds em Viena pareceu-me seguro. Nao só se metem á nossa frente literalmente á francesa, como ainda olham para trás com aquela expressao: olha pa este parvo que se deixou ultrapassar. Uma boa cotovelada parece resolver a questao.
Next stop--> TRANSILVANIA
Amanha parto cedo para Brasov, Roménia. Que é como quem diz chego lá já de noite. A partir daqui os comboios sao uma coisa que passa mais ou menos a uma hora e que nao chega la no mesmo dia do calendário canónico.
Para aqueles que como eu se perguntam que raio sao os "Roma" que perfazem sempre uma pequena percentagem da populacao e sao sempre alvo de conflito com os locais (como lhe chamam os guias de viagem) trata-se dos nossos já conhecidos ciganos, povo sem terra nem pátria que vive do comércio de artigos contrafeitos, aqui como em qualquer lado da Europa. Aqui, simplesmente, nao os distingo pela pronuncia.
Já falei disto ontem mas tenho de repetir, esta malta da Europa Central precisa de aprender a receber os de fora. Muitos anos a serem invadidos deram nisto. Talvez uma bandeira branca ajude.
Dizem-me que as pessoas na provincia sao mais abertas e acolhedoras, o que é bom mas nao ajuda muito á causa, já que nao estou tanto numa de ver os campos de milho e girassol.
Ticket please..
Passport control..
Hoje deu para ver alguma coisa do lado de Buda, especialmente as colinas. O metro está em obras pelo que só de autocarro ou eléctrico é que se atravessa o danúbio.. ou a pé. Por falar nisso o Danúbio está longe de ser azul. Acastanhado, vá.
Encontrei aqui algo que me parece muito lisboeta, a sensacao de ser capital de uma grande coisa mas que nao manda em mais que um pequeno nada.
Aqui ainda se entra nos autocarros em qualquer porta que abra, atravessa-se a estrada fora da passadeira ou com o sinal vermelho entre outras coisas.. para quem veio da Alemanha e Austria isto já me parece terceiro mundista.. que será quando chegar á Roménia ou Bulgária..
Por falar em terceiro mundista, os austriacos nao entendem o conceito de fila. Já havia tomado conhecimento deste facto nas célebres cantinas parisienses, mas estar num alinhamento de McDonalds em Viena pareceu-me seguro. Nao só se metem á nossa frente literalmente á francesa, como ainda olham para trás com aquela expressao: olha pa este parvo que se deixou ultrapassar. Uma boa cotovelada parece resolver a questao.
Next stop--> TRANSILVANIA
Amanha parto cedo para Brasov, Roménia. Que é como quem diz chego lá já de noite. A partir daqui os comboios sao uma coisa que passa mais ou menos a uma hora e que nao chega la no mesmo dia do calendário canónico.
Para aqueles que como eu se perguntam que raio sao os "Roma" que perfazem sempre uma pequena percentagem da populacao e sao sempre alvo de conflito com os locais (como lhe chamam os guias de viagem) trata-se dos nossos já conhecidos ciganos, povo sem terra nem pátria que vive do comércio de artigos contrafeitos, aqui como em qualquer lado da Europa. Aqui, simplesmente, nao os distingo pela pronuncia.
Já falei disto ontem mas tenho de repetir, esta malta da Europa Central precisa de aprender a receber os de fora. Muitos anos a serem invadidos deram nisto. Talvez uma bandeira branca ajude.
Dizem-me que as pessoas na provincia sao mais abertas e acolhedoras, o que é bom mas nao ajuda muito á causa, já que nao estou tanto numa de ver os campos de milho e girassol.
Ticket please..
Passport control..
quinta-feira, agosto 10, 2006
Interrail Report 02
Actualizacao:
Dia 10: Viena
Dia 11: Viena - Budapeste
Comecei agora uma nova fase a partir de Budapeste, a fase em que já soube escolher os hostels, ou seja baratos e sobretudo perto do centro. Em Berlim estive a mais de 15km do centro (metro+comboio+autocarro) ou seja nem sempre o mais barato sai mais barato. Em Viena voltei a ficar longe do centro mas felizmente havia metro até lá perto.
Agora estou no centro de Peste. Peste é o lado plano da cidade, pelo que aluguei uma bicicleta e passei o dia a conhecer isto sem me cansar muito. Amanha vou andar pelas colinas de Buda. As pessoas aqui também nao falam ingles, mas já me parecem mais simpaticas. Há aqui nem um terco das pessoas que havia em Praga. Ainda nao encontrei portugueses. Comeca a ser uma cena de valor.
Acabei de encontrar na rua uns americanos que tinha conhecido no hostel em Viena, engracado.
O mal destas terras daqui para a frente é que apesar de parecerem mais baratas perde-se sempre com os cambios. Dica: nunca trocar dinheiro na estacao a que se chega, a nao ser os indispensáveis 5€ para o metro ate ao hostel. Quanto mais perto do centro melhores sao os cambios.
Outra coisa chata é que nao se percebe nada das coisas no supermercado. Pela segunda vez comprei água com gás, numa garrafa de litro e meio. E escolher patés na Republica Checa!!! isso é que foi..
Aqui vou eu..
Dia 10: Viena
Dia 11: Viena - Budapeste
Comecei agora uma nova fase a partir de Budapeste, a fase em que já soube escolher os hostels, ou seja baratos e sobretudo perto do centro. Em Berlim estive a mais de 15km do centro (metro+comboio+autocarro) ou seja nem sempre o mais barato sai mais barato. Em Viena voltei a ficar longe do centro mas felizmente havia metro até lá perto.
Agora estou no centro de Peste. Peste é o lado plano da cidade, pelo que aluguei uma bicicleta e passei o dia a conhecer isto sem me cansar muito. Amanha vou andar pelas colinas de Buda. As pessoas aqui também nao falam ingles, mas já me parecem mais simpaticas. Há aqui nem um terco das pessoas que havia em Praga. Ainda nao encontrei portugueses. Comeca a ser uma cena de valor.
Acabei de encontrar na rua uns americanos que tinha conhecido no hostel em Viena, engracado.
O mal destas terras daqui para a frente é que apesar de parecerem mais baratas perde-se sempre com os cambios. Dica: nunca trocar dinheiro na estacao a que se chega, a nao ser os indispensáveis 5€ para o metro ate ao hostel. Quanto mais perto do centro melhores sao os cambios.
Outra coisa chata é que nao se percebe nada das coisas no supermercado. Pela segunda vez comprei água com gás, numa garrafa de litro e meio. E escolher patés na Republica Checa!!! isso é que foi..
Aqui vou eu..
terça-feira, agosto 08, 2006
Interrail report 01
Interrail Dia 9 - Viena, Austria
Tudo a correr dentro do possível. Alguns problemas nos primeiros dias com reservas de hostels (ou falta delas) mas agora vai correndo melhor. relatório de passagens:
Dia 1: Lisboa - Madrid
Dia 2: Madrid - Barcelona
Dia 3: Barcelona
Dia 4: Barcelona - Paris
Dia 5: Paris - Berlim
Dia 6: Berlim
Dia 7: Berlim - Praga
Dia 8: Praga
Dia 9: Praga - Viena
chuva desde Berlim até hoje. parece querer melhorar um pouco.
parece que o benfica vai jogar hoje em Viena. estou ao pé de um estádio, näo sei se é o do Austria, mas näo é o Prater.
Barcelona gostei muito (näo conhecia). Berlim foi agradável surpresa, alemäes (berlinenses) muito simpáticos ao contrário das pessoas da Boémia, pelo menos de Praga, muito desagradáveis mesmo. Viena também näo parece muito acolhedora para estrangeiros mas ainda é só a primeira impressäo, mas já comeco a perceber porque o Haider tem tantos votos. Muito imigrante desagradável. O bigode parece que está na moda por estas bandas.
depois de Viena ---> Budapest, Brasov, Bucareste e a täo desejada ida a Istambul.
abracos (estes teclados alemäes é que säo dispensáveis, Y e Z trocados e todos aqueles tremas)
Tudo a correr dentro do possível. Alguns problemas nos primeiros dias com reservas de hostels (ou falta delas) mas agora vai correndo melhor. relatório de passagens:
Dia 1: Lisboa - Madrid
Dia 2: Madrid - Barcelona
Dia 3: Barcelona
Dia 4: Barcelona - Paris
Dia 5: Paris - Berlim
Dia 6: Berlim
Dia 7: Berlim - Praga
Dia 8: Praga
Dia 9: Praga - Viena
chuva desde Berlim até hoje. parece querer melhorar um pouco.
parece que o benfica vai jogar hoje em Viena. estou ao pé de um estádio, näo sei se é o do Austria, mas näo é o Prater.
Barcelona gostei muito (näo conhecia). Berlim foi agradável surpresa, alemäes (berlinenses) muito simpáticos ao contrário das pessoas da Boémia, pelo menos de Praga, muito desagradáveis mesmo. Viena também näo parece muito acolhedora para estrangeiros mas ainda é só a primeira impressäo, mas já comeco a perceber porque o Haider tem tantos votos. Muito imigrante desagradável. O bigode parece que está na moda por estas bandas.
depois de Viena ---> Budapest, Brasov, Bucareste e a täo desejada ida a Istambul.
abracos (estes teclados alemäes é que säo dispensáveis, Y e Z trocados e todos aqueles tremas)
domingo, julho 30, 2006
pouca terra, pouca, terra..
Enquanto a malta vai a banhos, o blog sai à rua; apanha o comboio e faz-se ao Velho Mundo. Assim, durante este abrasador mês de Agosto não serão publicadas neste espaço as já habituais crónicas da actualidade que ao autor interessam. Serão, no entanto, substituidas por pequenas peças escritas em cybercafés em transito pela Europa, numa rubrica a que decidi dar o nome de pequenas-peças-escritas-em-cybercafés-na-Europa.
sábado, julho 15, 2006
BEPP
É usual ver-se nos telejornais o cidadão comum a insurgir-se contra o lucros dos bancos. Os senhores do Bloco de Esquerda Partido Popular vão na onda e dão eco a estes comentários. Acontece que os lucros dos bancos devem-se mais à capacidade intrínseca das pessoas que lá trabalham que à inoperância ou favorecimento do Estado.
O problema e aí dou-lhes razão, é que assim os ricos ficam mais ricos mas porque os ricos têm mais cuidado com os investimentos que fazem. Parece-me é que penalizar os bons, porque são bons, é que não é uma atitude positiva, diria mesmo é o pior que se pode fazer pois cria um incentivo claramente errado.
O problema e aí dou-lhes razão, é que assim os ricos ficam mais ricos mas porque os ricos têm mais cuidado com os investimentos que fazem. Parece-me é que penalizar os bons, porque são bons, é que não é uma atitude positiva, diria mesmo é o pior que se pode fazer pois cria um incentivo claramente errado.
sexta-feira, julho 14, 2006
Bombas, Berlusconi e o Beira-Mar
Fico triste por ter dito umas baboseiras neste espaço recentemente. Mais triste fico por ninguém se ter levantado contra isso. Tenho lido alguma coisa sobre estas matérias (sempre gostei desta expressão cavaquista) e a Coreia do Norte é muito mais um fantoche chinês do que eu pensava. Alias, os próprios mísseis disparados, se vistos mais de perto, não poderiam esconder a já comum etiqueta Made in China, como outro brinquedo qualquer.
Aquilo que me põe a pensar hoje que estou mais dentro da temática é a relação entre a Rússia e a China. Deixo à vossa consideração estes dois estados comuno-capitalistas e novo-riquenhos.
Mais, é com alguma apreensão que vejo os comentários relativamente à Rússia feitos nos USA sobre a última reunião do chamado G-8, que a própria Rússia organizou e, diziam alguns, nem à mesa deveria estar quanto mais organizar. A posição da Itália aparentemente é pacífica. Sabendo que a dimensão do ego destes senhores é proporcional ao tamanho do país, certamente não lhes arrancaram muitos sorrisos. O próprio Putin não me parece fan de programas de humor, por assim dizer. Convem não esquecer que estes senhores ainda possuem uma quantidade de bombitas capazes de destruir o planeta. E que vão, dir-se-ia numa expressão empresarial, capitalizando activos e realizando mais-valias aqui e ali visto que a procura é grande.
Mas isto não é coisa que aparentemente interesse aos meus leitores pelo que passarei a escrever sobre bola, que afinal sempre é coisa capaz de unir os povos. Prevejo que este ano o Benfica seja o campeão da pré-temporada e que o Vende-Camisolas se desdobre em sorrisos e fotografias patrocinadas por uma qualquer marca desportiva.
Disse à chegada e passo a citar: O Jardeu chegou pr'a fazê o que o Jardeu sabe fazê, né? O Jardeu promete golos e o seu grande objetxivo nessi regrésso é conquistá títulos
Bem vindo de volta Jardel, que falta fazias para animar isto. Um brinde: À tua cabeça, umas das mais belas, senão a mais bela que tive oportunidade de ver, salvo seja.
Quero ainda destacar a descida de divisão da Juventos, Fiorentina e Lázio como grande reforço dos clubes europeus, vamos lá ver se sobre algum avançado para o Sporting, visto que o Miccoli, esse goleador, já rumou a outras paragens.
Fiquei deveras surpreendido, confesso, por esta decisão, numa justiça que julgava ao nível da portuguesa. Sou levado a crer que o juiz seja amigo do ex primeiro ministro.
Aquilo que me põe a pensar hoje que estou mais dentro da temática é a relação entre a Rússia e a China. Deixo à vossa consideração estes dois estados comuno-capitalistas e novo-riquenhos.
Mais, é com alguma apreensão que vejo os comentários relativamente à Rússia feitos nos USA sobre a última reunião do chamado G-8, que a própria Rússia organizou e, diziam alguns, nem à mesa deveria estar quanto mais organizar. A posição da Itália aparentemente é pacífica. Sabendo que a dimensão do ego destes senhores é proporcional ao tamanho do país, certamente não lhes arrancaram muitos sorrisos. O próprio Putin não me parece fan de programas de humor, por assim dizer. Convem não esquecer que estes senhores ainda possuem uma quantidade de bombitas capazes de destruir o planeta. E que vão, dir-se-ia numa expressão empresarial, capitalizando activos e realizando mais-valias aqui e ali visto que a procura é grande.
Mas isto não é coisa que aparentemente interesse aos meus leitores pelo que passarei a escrever sobre bola, que afinal sempre é coisa capaz de unir os povos. Prevejo que este ano o Benfica seja o campeão da pré-temporada e que o Vende-Camisolas se desdobre em sorrisos e fotografias patrocinadas por uma qualquer marca desportiva.
Disse à chegada e passo a citar: O Jardeu chegou pr'a fazê o que o Jardeu sabe fazê, né? O Jardeu promete golos e o seu grande objetxivo nessi regrésso é conquistá títulos
Bem vindo de volta Jardel, que falta fazias para animar isto. Um brinde: À tua cabeça, umas das mais belas, senão a mais bela que tive oportunidade de ver, salvo seja.
Quero ainda destacar a descida de divisão da Juventos, Fiorentina e Lázio como grande reforço dos clubes europeus, vamos lá ver se sobre algum avançado para o Sporting, visto que o Miccoli, esse goleador, já rumou a outras paragens.
Fiquei deveras surpreendido, confesso, por esta decisão, numa justiça que julgava ao nível da portuguesa. Sou levado a crer que o juiz seja amigo do ex primeiro ministro.
quarta-feira, julho 05, 2006
3 em menos de 100 anos?
Isto da Coreia do Norte é giro e tal, vamos lá ver é se não acaba mal. Estou em crer que uma guerra à americana dava bem cabo daquilo e nem sequer haveria grandes problemas de consciência. O problema é que parece demasiado fácil.
Tenho andado a explorar através do Google Earth alguns países menos comuns (depois de descobrir o meu carro), entre eles a Coreia do Norte. Felizmente há uma meia dúzia de americanos, que devem ter algum tipo de formação militar, catalogaram os mais importantes locais estratégicos não só da CN como da Síria, Irão e etc.. Dizem eles que Pyongyang é a cidade mais bem defendida do mundo e eu acredito ao ver a quantidade de baterias antiaérias, quarteis, trincheiras etc que se identificam pelas imagens de satélite.
Mas porquê disse eu à pouco que parece demasiado fácil? É que apesar dos mísseis (ou um dos vários tipos deles) que foram lançados ontem poder atingir os USA na costa ocidental (e. g. LA) me parece uma atitude demasiado ousada para um país com uma economia inexistente. Eles até devem ser autosuficientes, se contarmos que grande parte muito pouco tem para viver e não se conhecem grandes reservas estratégicas hoje em dia que pudessem aguentar uma guerra prolongada. Não têm nada, porque não precisam de nada, a não ser de urânio, mísseis e tecnologia (que aparentemente ou têm ou estão em vias de ter).
Descontando as inerências mais físicas de uma estratégia bélica de invasão e defesa, que passa pela cabeça daquele senhor quando lhe dá para fazer uma demonstração destas no dia 4 de Julho (Dia da Independência dos USA)? Terá ele as costas quentes? Eu diria que sim, não me faz grande sentido se não for assim. Seria no mínimo suicida e creio que se assim não fosse já o senhor arbusto tinha lá ido (que isto das guerras dá sempre uma certa fama, quem que seja para ficar na história).
Então que aliados pode ter o pequenote? O Eixo do Mal? Juntando os trapinhos com os países árabes descontentes, ou até com o senhor bin Laden, mais meia dúzia de africanos tipo Sudão, Nigéria e arredores, e até, porque que não o amigo Hugo Chavez (este fala fala mas ainda me parece o menos burro deles todos) com os pendericalhos da Bolívia, as FARC e outros demagogos.
Esperemos que não, mas do mal o menos.. talvez acabem com os "Morangos com Açucar". Em tempo de guerra todas as pequenas vitórias contam.
Tenho andado a explorar através do Google Earth alguns países menos comuns (depois de descobrir o meu carro), entre eles a Coreia do Norte. Felizmente há uma meia dúzia de americanos, que devem ter algum tipo de formação militar, catalogaram os mais importantes locais estratégicos não só da CN como da Síria, Irão e etc.. Dizem eles que Pyongyang é a cidade mais bem defendida do mundo e eu acredito ao ver a quantidade de baterias antiaérias, quarteis, trincheiras etc que se identificam pelas imagens de satélite.
Mas porquê disse eu à pouco que parece demasiado fácil? É que apesar dos mísseis (ou um dos vários tipos deles) que foram lançados ontem poder atingir os USA na costa ocidental (e. g. LA) me parece uma atitude demasiado ousada para um país com uma economia inexistente. Eles até devem ser autosuficientes, se contarmos que grande parte muito pouco tem para viver e não se conhecem grandes reservas estratégicas hoje em dia que pudessem aguentar uma guerra prolongada. Não têm nada, porque não precisam de nada, a não ser de urânio, mísseis e tecnologia (que aparentemente ou têm ou estão em vias de ter).
Descontando as inerências mais físicas de uma estratégia bélica de invasão e defesa, que passa pela cabeça daquele senhor quando lhe dá para fazer uma demonstração destas no dia 4 de Julho (Dia da Independência dos USA)? Terá ele as costas quentes? Eu diria que sim, não me faz grande sentido se não for assim. Seria no mínimo suicida e creio que se assim não fosse já o senhor arbusto tinha lá ido (que isto das guerras dá sempre uma certa fama, quem que seja para ficar na história).
Então que aliados pode ter o pequenote? O Eixo do Mal? Juntando os trapinhos com os países árabes descontentes, ou até com o senhor bin Laden, mais meia dúzia de africanos tipo Sudão, Nigéria e arredores, e até, porque que não o amigo Hugo Chavez (este fala fala mas ainda me parece o menos burro deles todos) com os pendericalhos da Bolívia, as FARC e outros demagogos.
Esperemos que não, mas do mal o menos.. talvez acabem com os "Morangos com Açucar". Em tempo de guerra todas as pequenas vitórias contam.
domingo, julho 02, 2006
paz podre
Portugal continua a ter as tradicionais ligações à antiga União Soviética (se calhar o antiga é que devia estar entre parênteses) em muita coisa.. maldito 25 de Abril, que não resolveste nada porque antes creio que também era assim, embora diametralmente oposta na esfera política.
Constata-se que nunca há divergências aquando da saída de ministros. Mais, e daqui partiu a comparação com a URSS, quem abandona o cargo fá-lo sempre através de um pedido de demissão por razões de saúde ou por razões pessoais. Esta porcaria dos consensos cheira mal. Discordar é pecado? Num grupo de 17 pessoas (tantos?) todos pensam o mesmo sobre tudo? E quando é nítido que não concordam nada de bom daí advém, excepto problemas de saúde e razões de força maior.
Até no meu Sporting isto se passou ainda à bem pouco tempo (Ribeiro Teles e Bettencourt). Eis que se passaram os problemas pessoais e num ápice que regressam. Sou a favor da transparência, com um certo grau de opacidade, vá.. Deu-me particular gozo este presidente dizer ao antigo o que ele queria ouvir para lhe deixar o cargo (outra vez URSS) mas felizmente lá veio a machadada. Foi isto que o fez ganhar as eleições. Só um senhor com um "jogo de cintura" típico de empreiteiro de construção civil para este tipo de manobras, ainda assim bem melhores que os pedidos de demissão por falsas razões, já que este tipo de jogada priveligia os fins em deterimento dos meios, ainda que isto não faça muito bem à coluna.
Para ser justo, Freitas do Amaral realmente sofre de problemas de coluna, de outra espécie dos anteriormente mencionado, mas sofre. Aliás, deles sofre à pelo menos 20 anos - diz quem sabe que já deles se queixava em 1986 quando se candidatou à Presidência da República - mas nem por isso deixou de se candidatar, nem tão pouco de aceitar o convite para Ministro quando não consegue estar fisicamente à altura das funções. O que me levou a escrever este texto não foi este engodo, mas o facto de virem os comunicadores oficiais do executivo garantir, senão mesmo jurar, que divergências não as havia, mais, nunca as houve. Este tipo de situação encontra paralelo num comentário que li noutro dia de Vitor de Sousa àcerca de Herman José e que dizia qualquer coisa como isto: não sei se ele é homosexual, e se soubesse não dizia.
E continua a paz podre no país dos consensos.. consensos nunca os há, mas sem eles, aqui, nada se faz..
Constata-se que nunca há divergências aquando da saída de ministros. Mais, e daqui partiu a comparação com a URSS, quem abandona o cargo fá-lo sempre através de um pedido de demissão por razões de saúde ou por razões pessoais. Esta porcaria dos consensos cheira mal. Discordar é pecado? Num grupo de 17 pessoas (tantos?) todos pensam o mesmo sobre tudo? E quando é nítido que não concordam nada de bom daí advém, excepto problemas de saúde e razões de força maior.
Até no meu Sporting isto se passou ainda à bem pouco tempo (Ribeiro Teles e Bettencourt). Eis que se passaram os problemas pessoais e num ápice que regressam. Sou a favor da transparência, com um certo grau de opacidade, vá.. Deu-me particular gozo este presidente dizer ao antigo o que ele queria ouvir para lhe deixar o cargo (outra vez URSS) mas felizmente lá veio a machadada. Foi isto que o fez ganhar as eleições. Só um senhor com um "jogo de cintura" típico de empreiteiro de construção civil para este tipo de manobras, ainda assim bem melhores que os pedidos de demissão por falsas razões, já que este tipo de jogada priveligia os fins em deterimento dos meios, ainda que isto não faça muito bem à coluna.
Para ser justo, Freitas do Amaral realmente sofre de problemas de coluna, de outra espécie dos anteriormente mencionado, mas sofre. Aliás, deles sofre à pelo menos 20 anos - diz quem sabe que já deles se queixava em 1986 quando se candidatou à Presidência da República - mas nem por isso deixou de se candidatar, nem tão pouco de aceitar o convite para Ministro quando não consegue estar fisicamente à altura das funções. O que me levou a escrever este texto não foi este engodo, mas o facto de virem os comunicadores oficiais do executivo garantir, senão mesmo jurar, que divergências não as havia, mais, nunca as houve. Este tipo de situação encontra paralelo num comentário que li noutro dia de Vitor de Sousa àcerca de Herman José e que dizia qualquer coisa como isto: não sei se ele é homosexual, e se soubesse não dizia.
E continua a paz podre no país dos consensos.. consensos nunca os há, mas sem eles, aqui, nada se faz..
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