segunda-feira, março 26, 2007

1147 - 2007

tive ontem a ocasião de ver um pouco do programa que discute os 10 maiores portugueses. não consegui ver tudo porque sinceramente não tenho paciência para aturar a Maria Elisa; mas do que vi gostaria de dizer à Odete Santos: cuidado com o que dizes.. não te vá cair um dentinho!

quanto ao resultado final não o cheguei a ver mas suponho que tenha ganho o Sr. Salazar, como seria de esperar dum povo como o português. Salazar foi um português importante, daí até ser o maior de todos os tempos vai um bom bocado.. Este bairrismo provinciano que nos persegue deste tempos imemoriais não nos deixe nunca, ou deixaremos de ser Portugal e ainda nos chamam Europa.

Será que na Alemanha ganhou Hitler e na Itália Mussolini. Não me dou ao trabalho de procurar. Quanto mais nos espezinhamos mais portugueses somos; pequeninos, mesquinhos e sensaborões.

Gostei da intervenção do senhor que defendia o Marquês de Pombal sobre o facto de sabermos roubar mas nunca termos sabido criar riqueza. Mas o importante, como sempre entre nós, é saber se Cunhal tem hipótese de ser beatificado. E a cadeira.. sempre a cadeira. Acho que a revolução acabou por correr mal, devia ter havido uma guerra civil que evitasse agora estas discussões. Nada como o silêncio das balas para ganhar argumentos.


um povo que não conhece a sua história está condenado a navegar à deriva.

a bater com o pé

e porque a música é qualquer coisa de especial para os nossos cerebelos, aqui vai um par de sugestões que têm cruzado o meu winamp ultimamente: Uxu kalhus e Lhasa

Uxu kalhus - banda portuguesa auto-intitulada banda de baile
Lhasa - espanhola na tradição do bom chillout

bora ao festival de sines ?



ao som de Cypress Hill - Tequila Sunrise

quarta-feira, março 14, 2007

sexta-feira em albufeira o mundo esteve para acabar

mortus est mais um blog dos tantos que por ai pululam.
nascido num fogacho de inspiração de alguém sem nada para dizer.
ainda assim, já moribundo, se continuou arrastando na podridão fétida dos pântanos do apocalipse.


mas o sufoco era maior que a enxurrada de pensamento passivo de transcrição.
aguentou a barragem, estagnou o ribeiro, e do outro lado nem o salmão se cumpriu, postado que ficou nas pás da turbina.


e como crime é continuar a escrever quando nada se tem para dizer, decretada lhe foi a morte, que de súbita pouco teve, mas não deixou de ser fogo fátuo na floresta internetica.


será chuva, será gente?


qual fénix, qual carapuça.


ia já a caminho da legal medicina quando se lhe escutaram uns latidos, ainda que carregados de parcimónia e mais para lá do que para cá para chamar as coisas pelos nomes. mas parece que a decadência atrai a compaixão, e ainda que morrendo querendo, não lho deixou o raio do autor.


eis que se levantou e disse:


mas não foi sem mais nem menos que um dia parti sem destino nenhum. tem graça, dou por mim pensando onde isto me vai levar. talves um dia acabe por pintar a 125 de azul, quando a lua me trocar por outro bandido qualquer. vai e segue, tu que no fim do mar três vezes giraste e e três vezes rugiste. cantar de salomão, tom e meio abaixo de qualquer coisa que soe bem.

veste o preconceito e arremeça-te, semsaborão maldito, que o sentido da vida é a vida sem sentido. isto afinal é mesmo tudo a mesma carneirada.

não te preocupes filho, que eles têm lá coisas e computadores e hão de saber o que fazer contigo.

revolta-te meu menino, revolta-te, não são dois whiskeys ao jantar que fazem de ti a burguesia.

deixa que o desejo te ate ao leme da passarola que voa com as vontades, meu d. joão V de trazer por casa.