Lately I've been feeling low
A remedy is what I'm seeking
I take a taste of what's below
Come away to something better
há dias em que o melhor é mesmo não sair de casa, aqueles em que a neura vence o sono durante a noite para estragar o dia. as vezes faço de conta que ela não está lá, digo-lhe eu quem manda sou eu, empurro-a para baixo mas é como azeite em agua, nem agitando..
What I want is what
I've not got
And what I need Is all around me
Reaching searching never stop
And I'll say...
o mundo desperta ao rodar a maçaneta. a partir desse momento perco o controlo sobre o que me rodeia e entro num reino imprevisível em que procuro a chave, senão da felicidade, pelo menos do melhor humor. procuro, procuro..
I'd like to show you what's inside
And I shouldn't care
If you don't like it
Brother chaos rule all about
Sometimes I walk there
Well yes God knows sometimes I take a bus there
Shouldn't care shouldn't care
Bereaved as I'm feeling
nem sempre encontro a razão para o mau humor. naqueles casos em que há tantas doenças e tão poucos remédios que o melhor é tomar todos, pode ser que algum faça efeito. e assim se passam as horas..
The day is gone
I'm on my back
Staring up at the ceiling
U take a drink sit back relax
Smoke my mind make me feel
Better for a small time
agarro-me às pequenas coisas. àquelas que não nos podem surpreender. que não nos custumam deixar pior do que quando nos encontraram. justamente aquelas que começam por ser a solução e acabam em problema. e o dia acaba como começa. um dia é uma linha que une 2 pontos que são um só , seja elipse ou quadrado, um dia não deixa de ser um circulo ou ciclo ou circo ou qq outras palavras formadas por esse conjunto letras. desafio alguem a escrever alegria com elas.
What I want is what I've not got
And what I need Is all around me
Reaching searching never stop
And I'll say...
assim com veio pode ir embora e todo o caminho parece logo uma idiotisse. com a pressa de chegar ao fim esqueço-me a proveitar a vista. e assim mais dia menos dia dou comigo no mesmo sitio. passando pelos mesmos sentimentos, revolvendo as mesmas memórias. para chagar ao mesmo sitio, de onde mais valia nem ter saído.
If you could keep me floating
Just for a while
Till I get to the end of this tunnel
If you could keep me floating
Just for a while
I'll get back to you
mas há outros em que a meio do caminho alguma coisa nos empurra para outros carris, pelo menos por momentos. agarro-me a eles. volto atrás se for preciso. nem sempre é possível. não deixo de tentar.
continuo a depender das pequenas coisas..
domingo, maio 08, 2005
quarta-feira, maio 04, 2005
quem conta um conto
Rodrigues foi um tipo que um dia foi conhecido pelo narrador desta estória certo dia numa feira de hobbies. no canto mais abrigado do sol (pelas arvores do recinto), o narrador montou a sua banca. nada de mais, lá cabiam duas pessoas, duas almofadas e um saca-rolhas. todo o chão da tenda era confetis, um verdadeiro colchão de confetis. à frente desta um banquinho e um pau espetado na terra com um papel, qual bandeira a anunciar qualquer coisa que Rodrigues só mais tarde percebeu.
- então aqui o que é que fáz ? - qual chico-esperto este Rodrigues.
- entrai e experimentai.
e assim fez o Rodrigues, não era de modas este rapaz. sentou-se numa das almofadas, avantajadas mas não o suficiente para o real traseiro de Rodrigues. pegou no saca-rolhas, olhou à volta.. para cima.. nada! o narrador disse qualquer coisa nesta altura tipo
- fique à vontade e não faça cerimónia.
era um Rodrigues desconfiado que assistia ao seu afundar no chão de confetis. primeiro devagar, como uma brincadeira. depois mais depressa quando deixou de achar graça. até que, em pânico, completamente inundado de confetis sentiu-se nadar.
mexia os membros a custo, mais por falta de geito que por impossibilidade. os que o antecederam safaram-se bem melhor constatou o narrador. encontrou finalmente um alçapão. abriu-o com alguma dificuldade e aos poucos os confetis escorreram até ficar apenas uma pequena camada pelas canelas que decidiram ficar, assim como as almofadas.
Rodrigues viu-se preso no fundo de um poço revestido com um espelho único como no interior a toda a volta. mas não refletia a imagem como Rodrigues esperava. à frente de seus olhos não estava a imagem da sua cara. olhou para baixo. viu uma criança.
demorou aquela fracção de tempo que não se chega a perceber se foi curta ou longa até se aperceber de que a criança era ele. olhou à volta e à volta olhava ele de volta, mas miudo. olhou-se bem, viu-se como nunca se tinha visto, as cicatrizes que ainda não tinha, os sinais que ainda não cancerinavam a sua pele, viu os pelos que ainda não nasceram, mas pensou tudo o que ainda não viveu e que já pequenino queria viver.
deu-se conta que tudo o que mudara estava à vista no espelho, o espelho não lhe mostrava o que estava na mesma, que era tudo o resto. o saca-rolhas ainda la estava, assim como as almofadas. abriu de novo o alçapão e pelo meio dos restos de confetis viu uma escadinha que descia e desceu. depois subia e subiu. até chegar a um quarto onde o esperava o narrador.
-só trouxe uma ? então faz favor dê cá e sente-se no chão que isto vai começar e eu tenho calos no rabo.
(to be continued)
- então aqui o que é que fáz ? - qual chico-esperto este Rodrigues.
- entrai e experimentai.
e assim fez o Rodrigues, não era de modas este rapaz. sentou-se numa das almofadas, avantajadas mas não o suficiente para o real traseiro de Rodrigues. pegou no saca-rolhas, olhou à volta.. para cima.. nada! o narrador disse qualquer coisa nesta altura tipo
- fique à vontade e não faça cerimónia.
era um Rodrigues desconfiado que assistia ao seu afundar no chão de confetis. primeiro devagar, como uma brincadeira. depois mais depressa quando deixou de achar graça. até que, em pânico, completamente inundado de confetis sentiu-se nadar.
mexia os membros a custo, mais por falta de geito que por impossibilidade. os que o antecederam safaram-se bem melhor constatou o narrador. encontrou finalmente um alçapão. abriu-o com alguma dificuldade e aos poucos os confetis escorreram até ficar apenas uma pequena camada pelas canelas que decidiram ficar, assim como as almofadas.
Rodrigues viu-se preso no fundo de um poço revestido com um espelho único como no interior a toda a volta. mas não refletia a imagem como Rodrigues esperava. à frente de seus olhos não estava a imagem da sua cara. olhou para baixo. viu uma criança.
demorou aquela fracção de tempo que não se chega a perceber se foi curta ou longa até se aperceber de que a criança era ele. olhou à volta e à volta olhava ele de volta, mas miudo. olhou-se bem, viu-se como nunca se tinha visto, as cicatrizes que ainda não tinha, os sinais que ainda não cancerinavam a sua pele, viu os pelos que ainda não nasceram, mas pensou tudo o que ainda não viveu e que já pequenino queria viver.
deu-se conta que tudo o que mudara estava à vista no espelho, o espelho não lhe mostrava o que estava na mesma, que era tudo o resto. o saca-rolhas ainda la estava, assim como as almofadas. abriu de novo o alçapão e pelo meio dos restos de confetis viu uma escadinha que descia e desceu. depois subia e subiu. até chegar a um quarto onde o esperava o narrador.
-só trouxe uma ? então faz favor dê cá e sente-se no chão que isto vai começar e eu tenho calos no rabo.
(to be continued)
domingo, maio 01, 2005
deambulações de um jovem ressacado
relações pessoais, interpessoais, pessoas que se dão com pessoas, pessoas que fazem coisas com pessoas, pessoas que falam com pessoas, pessoas que são e pessoas que se deixam ser.
algo tão simples, banal e inevitável como complicável e aterrador. ser em sociedade é fazer escolhas. ter opiniões e dá-las. demarcar diferenças numa manada de clones. clones? não por sermos iguais, mas por sermos a mesma coisa.
no meio do processo de afaste acabamos por nos juntar em grupos mais pequenos, frequentemente em grupos de 2. é mais facil, ainda assim de facil tem muito pouco a ciencia das relações. das vontades e dos desejos, das conversas e dos afectos. existimos em tantas dimensões e mal temos consciencia disso. interagimos sem saber e sem saber somos classificados segundo a prestação interactiva.
uma criança fala com outra simplesmente porque têm a mesma idade e estão próximas. conheçam-se ou não. interagem. ao crescer necessitamos de nos afirmar pela diferença, e assim já não podemos falar com qualquer um sem qualquer motivo. são precisas razões. somos induzidos a apresentar um porquê sobre os actos e as escolhas. não é apenas percorrer o caminho, é explica-lo. racionais com qualquer coisa de aleatório.
e depois lembramo-nos destas coisas todas quase sempre na mesma altura. quando uma singularidade se atravessa no caminho e nos força a tomar posição. bifurcações. nada de meios. + ou -, preto ou branco, esquerda ou direita. nada meios. em alturas que apetece as duas, em que a escolha é ausênte.
a vida corre caoticamente para a morte. a ordem é uma invenção nossa para compreendermos o caminho. porque não o compreendemos. pelo menos eu não.
tantas portas.
tantas portas..
cada uma com coisas boas e más. semi-transparentes. vemos parte. comparamos o que vemos em cada uma. espreitamos um pouco mais. duvidas, receios, medos. a frustração de uma escolha é compreendermos que temos de escolher. de abdicar.
podemos abrir várias, mas quase sempre uma de cada vez. mãos e braços pequenos não deixam mais.
algumas uma vez transpostas não há regresso. essas ainda são as que assustam menos, porque uma vez feita a escolha, nada mais há a escolher. agora aquelas em que se pode voltar atrás.. é que dão cabo disto tudo.
é-nos dito que temos na mão o destino.. mentiras. seguramos a trela do destino mas ele move-se sozinho, com as suas próprias razões. chamamos-lhe Deus quando não o entendemos, quando as Suas razões ultrapassam as nossas.
e afastamo-nos Dele. porque não queremos admitir que há coisas que não comandamos. que há portas que não são abertas por nós. queremos o poder da escolha num regime absoluto. não admitimos a nossa fraqueza. conduzimos um barco de leme partido. quando não compreendemos o seu movimento arranjamos um culpado, um bode e expiamos.
deambulações de um jovem ressacado em noite pós-arraial
paz.
algo tão simples, banal e inevitável como complicável e aterrador. ser em sociedade é fazer escolhas. ter opiniões e dá-las. demarcar diferenças numa manada de clones. clones? não por sermos iguais, mas por sermos a mesma coisa.
no meio do processo de afaste acabamos por nos juntar em grupos mais pequenos, frequentemente em grupos de 2. é mais facil, ainda assim de facil tem muito pouco a ciencia das relações. das vontades e dos desejos, das conversas e dos afectos. existimos em tantas dimensões e mal temos consciencia disso. interagimos sem saber e sem saber somos classificados segundo a prestação interactiva.
uma criança fala com outra simplesmente porque têm a mesma idade e estão próximas. conheçam-se ou não. interagem. ao crescer necessitamos de nos afirmar pela diferença, e assim já não podemos falar com qualquer um sem qualquer motivo. são precisas razões. somos induzidos a apresentar um porquê sobre os actos e as escolhas. não é apenas percorrer o caminho, é explica-lo. racionais com qualquer coisa de aleatório.
e depois lembramo-nos destas coisas todas quase sempre na mesma altura. quando uma singularidade se atravessa no caminho e nos força a tomar posição. bifurcações. nada de meios. + ou -, preto ou branco, esquerda ou direita. nada meios. em alturas que apetece as duas, em que a escolha é ausênte.
a vida corre caoticamente para a morte. a ordem é uma invenção nossa para compreendermos o caminho. porque não o compreendemos. pelo menos eu não.
tantas portas.
tantas portas..
cada uma com coisas boas e más. semi-transparentes. vemos parte. comparamos o que vemos em cada uma. espreitamos um pouco mais. duvidas, receios, medos. a frustração de uma escolha é compreendermos que temos de escolher. de abdicar.
podemos abrir várias, mas quase sempre uma de cada vez. mãos e braços pequenos não deixam mais.
algumas uma vez transpostas não há regresso. essas ainda são as que assustam menos, porque uma vez feita a escolha, nada mais há a escolher. agora aquelas em que se pode voltar atrás.. é que dão cabo disto tudo.
é-nos dito que temos na mão o destino.. mentiras. seguramos a trela do destino mas ele move-se sozinho, com as suas próprias razões. chamamos-lhe Deus quando não o entendemos, quando as Suas razões ultrapassam as nossas.
e afastamo-nos Dele. porque não queremos admitir que há coisas que não comandamos. que há portas que não são abertas por nós. queremos o poder da escolha num regime absoluto. não admitimos a nossa fraqueza. conduzimos um barco de leme partido. quando não compreendemos o seu movimento arranjamos um culpado, um bode e expiamos.
deambulações de um jovem ressacado em noite pós-arraial
paz.
quinta-feira, abril 28, 2005
tudo o que tenho a dizer
oliver shanti & friends
acho a barbara guimarães feia
liedson resolve
o carriço não sabe jogar king
somos pouco mais do que o que consumimos
amo-te
zambujeira do mar fica longe pa caralho quando há transito
os portugueses fazem-no melhor
o hiphop-da-biblioteca é melhor que o hiphop-da-rua
sou uma merda mas sou feliz
os homens brasileiros arranjam-se em frente ao espelho nas casas de banho públicas
pedro abrunhosa no arraial do tecnico
é p'ra rir ou p'ra chorar
acho a barbara guimarães feia
liedson resolve
o carriço não sabe jogar king
somos pouco mais do que o que consumimos
amo-te
zambujeira do mar fica longe pa caralho quando há transito
os portugueses fazem-no melhor
o hiphop-da-biblioteca é melhor que o hiphop-da-rua
sou uma merda mas sou feliz
os homens brasileiros arranjam-se em frente ao espelho nas casas de banho públicas
pedro abrunhosa no arraial do tecnico
é p'ra rir ou p'ra chorar
segunda-feira, abril 18, 2005
a morte fica-vos tão bem
tudo começou quando me deram uma chave e um papel com uma frase.
a chave não era normal. era como uma foice pequenina e dentes bem afiados. tinha inscrito REPpILCrIAH2O0. depois de algum trabalho de pesquisa descobri referências a uma chave em tudo idêntica num livro sobre a época dos romanos. aparentemente a chave foi capturada na antiga constantinópola numa operação secreta ordenada por alguem próximo do imperador. um tal Rudisiuos que acabou no coliseu entre os leões por ter morto a mulher do imperador.
o papel da chave na história não parecia muito claro mas descobri outras referências mais recentes. parece que d. pedro é que matou d.ines e depois usou a chave para a trazer de volta à vida iludindo assim o pai. isto estava obviamente classificado como mito pelos historiadores.
como usar a chave descobri num antigo manual maçónico, associado às cruzadas e aos templários. a foice deve ser usada para penetrar horizontalmente o tecido mamário, passar entre as vértebras e ao ser rodada 180º tráz a pessoa de volta à vida. o livro de s.cipriano também fala nisto mas com outros preparativos, óleos e unções que me parecem de todo despropositadas e que reforçam a minha ideia de que se trata do santo dos merceeiros. refere ainda que isto deve acontecer nunca mais de 3 dias após a morte física.
ha questão era obvia. quem ia eu ressuscitar. a frase era 'isso é parte de mim'. a resposta não era imediata. alias, estava muito longe de ser imediata. um verdadeiro enigma dos antigos. nao tinha ninguem que valesse a pena matar e trazer de volta, acho que trazer de volta alguem que eu matasse só me traria problemas. era hora de pensar em alguem que ja tivesse partido nos ultimos dias. ou esperar que alguem morra.
'isso é parte de mim'
isso o que? a chave '
é parte de quem? de mim?
a chave não era normal. era como uma foice pequenina e dentes bem afiados. tinha inscrito REPpILCrIAH2O0. depois de algum trabalho de pesquisa descobri referências a uma chave em tudo idêntica num livro sobre a época dos romanos. aparentemente a chave foi capturada na antiga constantinópola numa operação secreta ordenada por alguem próximo do imperador. um tal Rudisiuos que acabou no coliseu entre os leões por ter morto a mulher do imperador.
o papel da chave na história não parecia muito claro mas descobri outras referências mais recentes. parece que d. pedro é que matou d.ines e depois usou a chave para a trazer de volta à vida iludindo assim o pai. isto estava obviamente classificado como mito pelos historiadores.
como usar a chave descobri num antigo manual maçónico, associado às cruzadas e aos templários. a foice deve ser usada para penetrar horizontalmente o tecido mamário, passar entre as vértebras e ao ser rodada 180º tráz a pessoa de volta à vida. o livro de s.cipriano também fala nisto mas com outros preparativos, óleos e unções que me parecem de todo despropositadas e que reforçam a minha ideia de que se trata do santo dos merceeiros. refere ainda que isto deve acontecer nunca mais de 3 dias após a morte física.
ha questão era obvia. quem ia eu ressuscitar. a frase era 'isso é parte de mim'. a resposta não era imediata. alias, estava muito longe de ser imediata. um verdadeiro enigma dos antigos. nao tinha ninguem que valesse a pena matar e trazer de volta, acho que trazer de volta alguem que eu matasse só me traria problemas. era hora de pensar em alguem que ja tivesse partido nos ultimos dias. ou esperar que alguem morra.
'isso é parte de mim'
isso o que? a chave '
é parte de quem? de mim?
sexta-feira, abril 15, 2005
Sporting sempre!
tinha pouco mais de 3 anos. vivia no 27 da Rua da Lapa e estava aos pulos em cima da cama. foi nessa altura que o meu pai me fez a pergunta. 'então, já sabes de que clube queres ser?' percebi logo que aquela resposta iria condicionar o resto da minha vida. é incrível como me lembro disto como se se tivesse passado hoje de manhã. parei de saltar em cima da cama (reflexo de pavlov - para não apanhar tau-tau) e apertei os atacadores dos meu sapatos ortopédicos comprados na sapataria bambi (como era boa a vida nos anos 80).
tinha de haver uma resposta, era o mínimo que as pessoas esperavam de mim, que tivesse um clube. é fundamental ter um clube para poder conversar com os tios-avós nas reuniões familiares (a não ser que queira repetir as notas da escola horas a fio).
o que pesou na minha decisão. o meu pai é do sporting. a minha mãe é do benfica. e eu? eu... vou ser do Sporting - afinal gosto mais do meu pai que da minha mãe, pk é que havia de ser do benfica. esta escolha furtuita diriam alguns marcou-me e de que maneira.
recoemos a 1984, o ano da escola, o sporting havia sido campeão em 81/82 (nasci em 81) e aqueles ainda eram anos felizes. manuel fernandes, jordão, antónio oliveira entre outros eram felicidade mais que garantida. mas ninguem me avisou que 80% dos miudos da minha idade eram benfiquistas. não é que eu tenha medo deles, mas ficar até aos 18 sem festejar um campeonato, ser gozado horas a fio.. escusado será dizer que durante muito tempo as 2ªs feiras foram o pior dia da semana, nem mesmo as quartas feiram salvavam a honra.
claro k aos 23 anos isto é uma coisa k se leva bem.. clubismo sim, violência não! cheguei a andar à porrada com uns bacanos só porque nós eramos do sporting e eles do benfica.
leva-se bem.. mas porque a equipa também ajuda, nada melhor que ganhar! não sou de esfregar as vitórias do meu clube nas fronhas dos outros mas têm de compreender que no Largo Maria Leonor isto é um assunto sério. a vitória do clube é um cheque em branco pa esmifrar a cabeça dos outros e há quem leve essa cena bem a sério. a ajudar à festa cada um "dos grandes" esta aqui bem representado. muito bem diria até. ao contrario dos tempos de miudo, é agora o Sporting 3-eu, rasheed e jorge; Benfica 3- paulo, tati e tina e Porto 1- edinho. ^já se sabe que as miudas não ligam mto à bola por isso pode-se dizer que estamos em maioria. nota-se que o porto está em inferioridade numérica mas é compensado por jogar em casa (o estádio situa-se no 9º B-E andar da torre B - edinhu's. é interessante notar que há gente como o duarte ou o pedro-da-tina que dizem 'não ter clube'. ora bem, isto é uma coisa que não existe, homem-k-é-homem tem clube e afirma-o nos tons da roupa que usa desde pekeno. curiosamente esses 2 sem-clube são cromos-de-computadores (certamente haverá alguma relação nisto).
obrigado Sporting por tudo o que me deste. passei 17 anos tristes mas ultimamente tens-te redimido. agora quem diz 'pó ano é que é' são os visinhos do outro lado da 2ª circular. não desesperem.. vão ah frente sim senhor, chamem-me profeta, mas isto não vai acabar assim.. 10 anitos não é nada.. ainda vão esperar mais uns vão ver k não custa nada.. o que eu gosto é de os ouvir dizer que vão po marquês festejar..
só se for a abertura do tunel!
tinha de haver uma resposta, era o mínimo que as pessoas esperavam de mim, que tivesse um clube. é fundamental ter um clube para poder conversar com os tios-avós nas reuniões familiares (a não ser que queira repetir as notas da escola horas a fio).
o que pesou na minha decisão. o meu pai é do sporting. a minha mãe é do benfica. e eu? eu... vou ser do Sporting - afinal gosto mais do meu pai que da minha mãe, pk é que havia de ser do benfica. esta escolha furtuita diriam alguns marcou-me e de que maneira.
recoemos a 1984, o ano da escola, o sporting havia sido campeão em 81/82 (nasci em 81) e aqueles ainda eram anos felizes. manuel fernandes, jordão, antónio oliveira entre outros eram felicidade mais que garantida. mas ninguem me avisou que 80% dos miudos da minha idade eram benfiquistas. não é que eu tenha medo deles, mas ficar até aos 18 sem festejar um campeonato, ser gozado horas a fio.. escusado será dizer que durante muito tempo as 2ªs feiras foram o pior dia da semana, nem mesmo as quartas feiram salvavam a honra.
claro k aos 23 anos isto é uma coisa k se leva bem.. clubismo sim, violência não! cheguei a andar à porrada com uns bacanos só porque nós eramos do sporting e eles do benfica.
leva-se bem.. mas porque a equipa também ajuda, nada melhor que ganhar! não sou de esfregar as vitórias do meu clube nas fronhas dos outros mas têm de compreender que no Largo Maria Leonor isto é um assunto sério. a vitória do clube é um cheque em branco pa esmifrar a cabeça dos outros e há quem leve essa cena bem a sério. a ajudar à festa cada um "dos grandes" esta aqui bem representado. muito bem diria até. ao contrario dos tempos de miudo, é agora o Sporting 3-eu, rasheed e jorge; Benfica 3- paulo, tati e tina e Porto 1- edinho. ^já se sabe que as miudas não ligam mto à bola por isso pode-se dizer que estamos em maioria. nota-se que o porto está em inferioridade numérica mas é compensado por jogar em casa (o estádio situa-se no 9º B-E andar da torre B - edinhu's. é interessante notar que há gente como o duarte ou o pedro-da-tina que dizem 'não ter clube'. ora bem, isto é uma coisa que não existe, homem-k-é-homem tem clube e afirma-o nos tons da roupa que usa desde pekeno. curiosamente esses 2 sem-clube são cromos-de-computadores (certamente haverá alguma relação nisto).
obrigado Sporting por tudo o que me deste. passei 17 anos tristes mas ultimamente tens-te redimido. agora quem diz 'pó ano é que é' são os visinhos do outro lado da 2ª circular. não desesperem.. vão ah frente sim senhor, chamem-me profeta, mas isto não vai acabar assim.. 10 anitos não é nada.. ainda vão esperar mais uns vão ver k não custa nada.. o que eu gosto é de os ouvir dizer que vão po marquês festejar..
só se for a abertura do tunel!
quarta-feira, abril 13, 2005
qual depressão académica ?
pois é amigos, a semana dos testes está entre nós e já deixou marcas.
trocando por miudos, o meu curso (ou em pormenor o 3º,4º e 5º anos do respectivo) seguem um calendário escolar diferente do resto da faculdade (isso de ser igual aos outros não é para nós). este semana que decorre não há aulas, apenas testes.
assim, calhou-me em sorte fazer 3 testes, 2 de cadeiras do 3º ano - relativamente atrasadas portanto e uma do 5º. falo-vos numa altura em que já fiz os 2 das cadeiras do 3º ano (a saber Resistência dos Materiais II e Hidráulica II) e amanha - se Deus quiser - completarei a triologia (Construção e Manutenção de Infra-Estruturas de Transportes).
serve este preambulo para introduzir a tese que apresento a discussão:
o estado de o humor imediato a um teste
depois de - quiçá pela 2º ou 3º vez na vida - ter estudado ao longo do semestre para uma cadeira (por oposição às vésperas) o resultado foi vergonhoso. entrei no salão nobre a espingardar momentos flectores e tensões tangenciais mas saí de lá com um fluxo negativo na cara e tensões residuais no rabo.
mais valia ter estudado de vespera que o resultado era o mesmo. alias, nem valia a pena ter estudado seker - se pensar apenas no curto prazo - mas quem ia adivinhar?
resultado: embora o teste tenho acabado por volta das 11h e 2 dias depois tinha outro, nada mais fiz nesse dia excepto andar de bicicleta e bezerrar umas 12h. lá se foi a piadinha fácil e a graçola jolie que me caracterizam.
pois bem, um dia de estudo - proverbialmente dito de véspera - para hidraulica nao augurava nada de positivo - estritamente falando. mas não fosse o diabo tecê-las - como quem diz o teste ser dado e eu não aparecer (nem preciso dizer mais nada) la me dirigi, por entre putas e GNR's a cavalo, para o instituto mandar o estudo da noite.
pela quantidade de merda escrita em meia duzia de parágrafos num tom leve e descontraido podem deduzir que rendeu, oh yeah.. voltei aos píncaros
ninguem me para. venha o neves e o seu CMINF que eu chego-lhe
bom, à bocado, num espasmo mais intenso disse que ia apresentar uma tese. pois bem, vejo-me agora perante 2 opções, ou volto atrás e apago - coisa que não vou fazer senão não adiantava tar a escrever isto - ou invento qq coisa num instante.
pois bem, (digo eu) o estado de humor a seguir a um teste é dado pelo integral da diferença dos bons momentos pelos maus nas horas de decorrencia do teste. como quem inventou isto dos blogs obviamente era um leigo em questões matemáticas, é impossivel representar a referida equação nestas linhas travessas. por isso, tratem de por a cabeça a funcionar.
assim, imaginem uma bola de muco a passar num orificio obturador com um coeficiente de contracção estático de 0,7; ao passar, ela deixará o chamado ranho a pingar do obturador. como se resolve este problema ? é cinematicamente indeterminado, no entanto os franceses descobriram uma maneira; puzeram lá um tuga com as mãos a fazer covinha e a recolher o resíduo, daí o nome Pires.
e porque não se pode encerrar um texto sem um frase feita adaptada à situação:
mostra-me as tuas mamas, dir-te-ei quem és
trocando por miudos, o meu curso (ou em pormenor o 3º,4º e 5º anos do respectivo) seguem um calendário escolar diferente do resto da faculdade (isso de ser igual aos outros não é para nós). este semana que decorre não há aulas, apenas testes.
assim, calhou-me em sorte fazer 3 testes, 2 de cadeiras do 3º ano - relativamente atrasadas portanto e uma do 5º. falo-vos numa altura em que já fiz os 2 das cadeiras do 3º ano (a saber Resistência dos Materiais II e Hidráulica II) e amanha - se Deus quiser - completarei a triologia (Construção e Manutenção de Infra-Estruturas de Transportes).
serve este preambulo para introduzir a tese que apresento a discussão:
o estado de o humor imediato a um teste
depois de - quiçá pela 2º ou 3º vez na vida - ter estudado ao longo do semestre para uma cadeira (por oposição às vésperas) o resultado foi vergonhoso. entrei no salão nobre a espingardar momentos flectores e tensões tangenciais mas saí de lá com um fluxo negativo na cara e tensões residuais no rabo.
mais valia ter estudado de vespera que o resultado era o mesmo. alias, nem valia a pena ter estudado seker - se pensar apenas no curto prazo - mas quem ia adivinhar?
resultado: embora o teste tenho acabado por volta das 11h e 2 dias depois tinha outro, nada mais fiz nesse dia excepto andar de bicicleta e bezerrar umas 12h. lá se foi a piadinha fácil e a graçola jolie que me caracterizam.
pois bem, um dia de estudo - proverbialmente dito de véspera - para hidraulica nao augurava nada de positivo - estritamente falando. mas não fosse o diabo tecê-las - como quem diz o teste ser dado e eu não aparecer (nem preciso dizer mais nada) la me dirigi, por entre putas e GNR's a cavalo, para o instituto mandar o estudo da noite.
pela quantidade de merda escrita em meia duzia de parágrafos num tom leve e descontraido podem deduzir que rendeu, oh yeah.. voltei aos píncaros
ninguem me para. venha o neves e o seu CMINF que eu chego-lhe
bom, à bocado, num espasmo mais intenso disse que ia apresentar uma tese. pois bem, vejo-me agora perante 2 opções, ou volto atrás e apago - coisa que não vou fazer senão não adiantava tar a escrever isto - ou invento qq coisa num instante.
pois bem, (digo eu) o estado de humor a seguir a um teste é dado pelo integral da diferença dos bons momentos pelos maus nas horas de decorrencia do teste. como quem inventou isto dos blogs obviamente era um leigo em questões matemáticas, é impossivel representar a referida equação nestas linhas travessas. por isso, tratem de por a cabeça a funcionar.
assim, imaginem uma bola de muco a passar num orificio obturador com um coeficiente de contracção estático de 0,7; ao passar, ela deixará o chamado ranho a pingar do obturador. como se resolve este problema ? é cinematicamente indeterminado, no entanto os franceses descobriram uma maneira; puzeram lá um tuga com as mãos a fazer covinha e a recolher o resíduo, daí o nome Pires.
e porque não se pode encerrar um texto sem um frase feita adaptada à situação:
mostra-me as tuas mamas, dir-te-ei quem és
sexta-feira, abril 08, 2005
Rasheed
É interessante constatar que quanto menos se faz mais se sonha em nada fazer. Parece que trabalhar é chato, no fundo dá trabalho. Quer-se portanto um trabalho bem pago em que não seja preciso trabalhar propriamente. Estou a pensar em colocar um anuncio num jornal a anunciar isso mesmo. SAIBA COMO GANHAR BEM SEM FAZER NADA. haverá algum chico esperto interessado neste negocio da china? ou melhor, haverá alguem não interessado?
Serve esta dose de moralidade para dar os parabens a um amigo que não pára de me surpreender. parece que demorou mais de 20 anos a abrir a pestana, mas abriu-a bem aberta. acabou o 12º, arranjou um hobby (gostos não se discutem - boxe), trabalho num cup&cino e prepara-se para arranjar um 2º emprego enquanto não chegam os exames nacionais. talves não parece nada de mais, mas foi um belo esforço tenho a certeza que exigiu roturas profundas com passados não mto distantes.
já se sabe que nestas alturas há sempre quem aponte o dedo (no sentido negativo) por diversas razões, mas há que dize-lo: deixa-os falar. faz a tua. eles que façam a deles.
Serve esta dose de moralidade para dar os parabens a um amigo que não pára de me surpreender. parece que demorou mais de 20 anos a abrir a pestana, mas abriu-a bem aberta. acabou o 12º, arranjou um hobby (gostos não se discutem - boxe), trabalho num cup&cino e prepara-se para arranjar um 2º emprego enquanto não chegam os exames nacionais. talves não parece nada de mais, mas foi um belo esforço tenho a certeza que exigiu roturas profundas com passados não mto distantes.
já se sabe que nestas alturas há sempre quem aponte o dedo (no sentido negativo) por diversas razões, mas há que dize-lo: deixa-os falar. faz a tua. eles que façam a deles.
sexta-feira, abril 01, 2005
Headlines 01
Grupo armado mata 30 pessoas nos subúrbios do Rio de Janeiro
a policia militar brasileira é qualquer coisa do outro mundo..
Partido de Mugabe ultrapassa oposição nas legislatiavas do Zimbabwe
aquele que foi um dos mais ricos paises de africa vive agora na miséria, contudo este senhor continua a ganhar eleições. como? para além da explicação apresentada acima, há que referir que estão inscritos 6 milhões de votantes, dos quais 1 milhão já morreu e outro milhão nunca existiu. o obrjectivo para mugabe é ter mais de 2/3 dos votos para poder alterar (ainda mais) a constituição e poder aumentar os (seus) poderes presidenciais. é de esperar cada vez mais pobreza entre os zimbabweanos (ou a maioria destes).
Pentágono quer robô para operar feridos no campo de batalha
sem comentários
Uma tonelada de haxixe apreendida na Praia de Monte Gordo
uma tonelada, 1000 kilos, 4000 bugos, 250€ o bugo.. 1.000.000€ em dinheiro na rua. isto numa noite como outra qualquer.. é que por cada barco apanhado há na boa 4 ou 5 que 'dão à costa'. quem ganha estas quantidades de guita regularmente faz o que à guita? não a mete de certeza de baixo do colchão.. se em vez de atacarem o iraque e o afganistão atacassem as ilhas cayman, virgens, seyshells..
Um grupo de homens armados, que viajavam de carro, mataram 30 pessoas com rajadas de tiros num subúrbio do Rio de Janeiro, no Brasil. Um governante do estado acredita que os atiradores são polícias militares e prometeu que o Governo vai continuar a extirpar "os maus elementos" das forças de segurança.
Segundo o secretário do Estado do Rio de Janeiro para a Segurança, Marcelo Itagiba, poderá tratar-se de uma represália contra a prisão de 15 agentes de polícia do batalhão de Caxias, na mesma zona, acusados de executar duas pessoas.
A imprensa brasileira classifica este tipo de acções como sendo fruto de "grupos de extermínio", referindo-se a grupos organizados que abatem transeuntes, como sucedeu em 1993, também na zona do Rio de Janeiro, em que 21 pessoas foram mortas por um esquadrão de polícias militares.
a policia militar brasileira é qualquer coisa do outro mundo..
Partido de Mugabe ultrapassa oposição nas legislatiavas do Zimbabwe
Do total de 150 deputados que fazem parte do Parlamento zimbabweano, 120 são eleitos e os restantes 30 são directamente nomeados pelo chefe de Estado, neste caso Robert Mugabe. Para obter a maioria absoluta, a Zanu-PF, no poder há 25 anos, terá de eleger apenas 46 deputados, enquanto que o MDC terá de vencer em 76 circunscrições.
aquele que foi um dos mais ricos paises de africa vive agora na miséria, contudo este senhor continua a ganhar eleições. como? para além da explicação apresentada acima, há que referir que estão inscritos 6 milhões de votantes, dos quais 1 milhão já morreu e outro milhão nunca existiu. o obrjectivo para mugabe é ter mais de 2/3 dos votos para poder alterar (ainda mais) a constituição e poder aumentar os (seus) poderes presidenciais. é de esperar cada vez mais pobreza entre os zimbabweanos (ou a maioria destes).
Pentágono quer robô para operar feridos no campo de batalha
O Pentágono ofereceu 12 milhões de dólares (cerca de nove milhões de euros) aos investigadores que consigam construir um robô capaz de realizar operações cirúrgicas em pleno campo de batalha. "Será um passo de gigante para salvar vidas", afirmou à CNN Scott Seaton, que trabalha para a SRI International, a empresa que irá construir o modelo vencedor.
O Pentágono quer evitar baixas em conflitos como o do Iraque ou Afeganistão, sabendo que alguns dos seus soldados morrem no campo de batalha fora do alcance dos médicos, que muitas vezes não podem chegar até ao doente por motivos de segurança.
sem comentários
Uma tonelada de haxixe apreendida na Praia de Monte Gordo
A Brigada Fiscal de Vila Real de Santo António, Algarve, apreendeu na madrugada de hoje uma tonelada de haxixe na Praia de Monte Gordo e deteve quatro pessoas, disse uma fonte da GNR.
As quatro pessoas - um cidadão espanhol de 36 anos e três de nacionalidade marroquina, com idades compreendidas entre os 25 e os 30 anos - continuam detidas e deverão ser ouvidos às 09h00 de amanhã no Tribunal de Faro.
Em declarações à Lusa, o tenente coronel Coias de Oliveira, da Brigada Fiscal, disse que antes da detenção os quatro indivíduos dispararam 20 tiros contra os militares da Brigada Fiscal de Vila Real de Santo António e que a patrulha, em resposta, atirou para o ar.
Segundo a mesma fonte, os 34 fardos de haxixe, cada um com 30 quilos de droga, foram detectados à 01h00 de hoje, numa altura em que um grupo de militares revistava a costa marítima com aparelhos de visão nocturna. Ao todo estiveram no local 12 militares, que apreenderam ainda aos quatro detidos telemóveis e roupa.
uma tonelada, 1000 kilos, 4000 bugos, 250€ o bugo.. 1.000.000€ em dinheiro na rua. isto numa noite como outra qualquer.. é que por cada barco apanhado há na boa 4 ou 5 que 'dão à costa'. quem ganha estas quantidades de guita regularmente faz o que à guita? não a mete de certeza de baixo do colchão.. se em vez de atacarem o iraque e o afganistão atacassem as ilhas cayman, virgens, seyshells..
quarta-feira, março 30, 2005
A frase:
Fernando Rosas, PÚBLICO, 30-3-2005
A resposta:
mais vale ficarmos sozinhos no canto com as orelhas de burro.. afinal de contas, mais de 10 milhões de pobres não seremos de certeza. tão importantes que nós somos, já consideram a nossa lingua arma branca.. só que, como diz o outro, só pra contrariar..
"A Europa Bolkestein e do tratado constitucional sabemos o que são: 20 milhões de desempregados, 70 milhões de pobres e milhões de imigrantes excluídos da condição de cidadãos. É uma União contra a própria ideia de Europa."
Fernando Rosas, PÚBLICO, 30-3-2005
A resposta:
mais vale ficarmos sozinhos no canto com as orelhas de burro.. afinal de contas, mais de 10 milhões de pobres não seremos de certeza. tão importantes que nós somos, já consideram a nossa lingua arma branca.. só que, como diz o outro, só pra contrariar..
segunda-feira, março 28, 2005
quarta-feira, março 23, 2005
read up comedy by meeself
Alterações ao diploma entram em vigor no sábado
Código da Estrada: coletes reflectores podem ter diversas cores
Tiago Petinga 23.03.2005 - 19h51 Lusa
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1218928&idCanal=113
a 4 dias da entrada em vigor do novo código da estrada diz o secretário de estado da tutela a propósito de ninguem saber muito bem o diz o novo documento:
não faz mal, sabe, há outros documentos igualmente ou mais importantes que também muito pouca gente conhece
bom.. o nosso amigo (salvo seja) Tiago Petinga da Lusa, lembrando-se do que realmente interessa esclarecer ao povo português - e muito bem visto pois me parece que é realmente o cerne da questão do ponto de vista da generalidade da nosso sociedade:
epah, pessoal.. !!! afinal a malta não precisa de ter o colete amarelo nem laranja.. vai-se poder usar de outras cores..
ora, não tem já o título prendido a atensão de todo e qualquer português, eis que diz no interior da noticia o seguinte:
só serão válidos os coletes com uma etiqueta que ateste essa norma europeia (homologados), sendo que a regulamentação do porte e uso dos coletes é aprovada esta amanhã em Conselho de Ministros
pois é.. um alerta desde logo aos ciganos que trabalham por de baixo de acadas um pouco por todo esse imenso portugal.. ai lellos deste país sabei vós que nem adianta começarem a orientar coletes da vossa habitual linha branca porque os coletes tem uma etiqueta. uma etiqueta.
por esta altura o resto dos portugueses (ou os portugueses - não sei se os ciganos são portugueses) pensam:
opáh tou lixado.. queres ver que vou ter de largar 2 contos por uma merda dessas.. bem, ó menos se posso usar outras cores quero o preto para ser discreto.. quero lá agora dar nas vistas e fazer figuras no meio da malta..
mas continua o artigo:
Hoje, após uma acção de sensibilização da Direcção Geral de Viação (DGV) para oficiais da PSP e GNR, Rogério Pinheiro disse aos jornalistas quatro das cores que os coletes reflectores podiam ter - verdes, amarelos, cor-de-rosa ou cor-de-laranja
parece-me desde logo uma vitória para o Sporting.
Código da Estrada: coletes reflectores podem ter diversas cores
Tiago Petinga 23.03.2005 - 19h51 Lusa
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1218928&idCanal=113
a 4 dias da entrada em vigor do novo código da estrada diz o secretário de estado da tutela a propósito de ninguem saber muito bem o diz o novo documento:
não faz mal, sabe, há outros documentos igualmente ou mais importantes que também muito pouca gente conhece
bom.. o nosso amigo (salvo seja) Tiago Petinga da Lusa, lembrando-se do que realmente interessa esclarecer ao povo português - e muito bem visto pois me parece que é realmente o cerne da questão do ponto de vista da generalidade da nosso sociedade:
epah, pessoal.. !!! afinal a malta não precisa de ter o colete amarelo nem laranja.. vai-se poder usar de outras cores..
ora, não tem já o título prendido a atensão de todo e qualquer português, eis que diz no interior da noticia o seguinte:
só serão válidos os coletes com uma etiqueta que ateste essa norma europeia (homologados), sendo que a regulamentação do porte e uso dos coletes é aprovada esta amanhã em Conselho de Ministros
pois é.. um alerta desde logo aos ciganos que trabalham por de baixo de acadas um pouco por todo esse imenso portugal.. ai lellos deste país sabei vós que nem adianta começarem a orientar coletes da vossa habitual linha branca porque os coletes tem uma etiqueta. uma etiqueta.
por esta altura o resto dos portugueses (ou os portugueses - não sei se os ciganos são portugueses) pensam:
opáh tou lixado.. queres ver que vou ter de largar 2 contos por uma merda dessas.. bem, ó menos se posso usar outras cores quero o preto para ser discreto.. quero lá agora dar nas vistas e fazer figuras no meio da malta..
mas continua o artigo:
Hoje, após uma acção de sensibilização da Direcção Geral de Viação (DGV) para oficiais da PSP e GNR, Rogério Pinheiro disse aos jornalistas quatro das cores que os coletes reflectores podiam ter - verdes, amarelos, cor-de-rosa ou cor-de-laranja
parece-me desde logo uma vitória para o Sporting.
segunda-feira, março 21, 2005
Stars & Stripes
Este fim de semana esteve em Lisboa o mestre Takashi Amano a dar um workshop ao qual tive o prazer de assistir. Como muito difundi era para participar num concurso de aquários plantados mas infelizmente não houve possibilidade por razões de ultima hora, no entanto fica aqui uma amostra do dito cujo (as fotos não lhe fazem juz).
Setup:
Titulo: Stars & Stripes
Montagem: Março 2005
Dimensões: 60 x 30 x 30 cm
Volume: 54L
Flora: 1.Vesicularia dubyana; 2.Glossostigma elatinoides; 3.Lilaeopsis brasiliensis 4.Rotala wallichii; 5.Alternanthera reineckii ''roseafolia''; 6.Lysimachia nummularia 'Aurea' (?); 7.Egeria densa; 8.Hygrophila polysperma; 9.Limnophila sessiliflora; 10.Riccia fluitans; 11. Eusteralis stellata (?); 12.Didiplis diandra; 13.Rotala rotundifolia; 14.Bacopa australis; 15.Heteranthera zosterifolia
Fauna: Tetra Cardinal (Cheirodon Axeirodi); SAE’s (Crossocheilus siamensis); Otocinclus Affinis; Neritina natalensis
Iluminação: Calha DIY 4x20W Daylight 6400ºK 10h/dia
Filtragem: JBL CrystalProfi 120 (600L/h)
Substrato: DIY (Terra vegetal, barro e pregos) coberto com Geosystem Substrate HAGEN e areão fino preto (10Kg)
Manutenção: 2 x 1,5L CO2 DIY; fertilização TMG; trocas 20% semanais
Setup:
Titulo: Stars & Stripes
Montagem: Março 2005
Dimensões: 60 x 30 x 30 cm
Volume: 54L
Flora: 1.Vesicularia dubyana; 2.Glossostigma elatinoides; 3.Lilaeopsis brasiliensis 4.Rotala wallichii; 5.Alternanthera reineckii ''roseafolia''; 6.Lysimachia nummularia 'Aurea' (?); 7.Egeria densa; 8.Hygrophila polysperma; 9.Limnophila sessiliflora; 10.Riccia fluitans; 11. Eusteralis stellata (?); 12.Didiplis diandra; 13.Rotala rotundifolia; 14.Bacopa australis; 15.Heteranthera zosterifolia
Fauna: Tetra Cardinal (Cheirodon Axeirodi); SAE’s (Crossocheilus siamensis); Otocinclus Affinis; Neritina natalensis
Iluminação: Calha DIY 4x20W Daylight 6400ºK 10h/dia
Filtragem: JBL CrystalProfi 120 (600L/h)
Substrato: DIY (Terra vegetal, barro e pregos) coberto com Geosystem Substrate HAGEN e areão fino preto (10Kg)
Manutenção: 2 x 1,5L CO2 DIY; fertilização TMG; trocas 20% semanais
sexta-feira, março 18, 2005
Pseudo-Intlectualismo nas Horas Vagas
Vou falar-vos hoje de uma coisa que não existe, mas que no entanto está la..
Existe no espaço físico do Instituto Superior Técnico e arredores um grupo aberto de pensamento existencial fundamentalista aberto à participação de todos os que acham que o regime está podre.
Ninguem sabe muito bem como começou, quem o constitui, o que trata, o que pretende e sobretudo para onde vai; uma coisa é certa: não pára!
Fazem parte deste congresso gente como Porrego, João 'Vadio', Jorge 'TasseBitten', Siops, Pedro 'St.Stone o belga', André 'o maluco', entre outros.. hoje conheci mais um companheiro de batalha, Mauro (à falta de alcunha tratarei-o pelo nome).
Mauro, Literado em Arquitectura, Mestrado em barcelona, encontra-se em Lisboa por 4 meses a cultivar o saber enquanto se prepara para ser Doutor.
Condição non-sine-qua-non mas importante: ter lido 'ChAOS' James Gleick
Debatem-se temas como a origem do universo, a origem da religião, o futuro da humanidade, o fim da democracia e tudo aquilo que possa ser debatido e cujas conclusões possam ser tiradas mas não confirmadas nos próximos tempos..
Ao novo membro implícito.. bem vindo!
Ponto de Encontro - aquela esplanada legalize que voces sabem
até breve
Existe no espaço físico do Instituto Superior Técnico e arredores um grupo aberto de pensamento existencial fundamentalista aberto à participação de todos os que acham que o regime está podre.
Ninguem sabe muito bem como começou, quem o constitui, o que trata, o que pretende e sobretudo para onde vai; uma coisa é certa: não pára!
Fazem parte deste congresso gente como Porrego, João 'Vadio', Jorge 'TasseBitten', Siops, Pedro 'St.Stone o belga', André 'o maluco', entre outros.. hoje conheci mais um companheiro de batalha, Mauro (à falta de alcunha tratarei-o pelo nome).
Mauro, Literado em Arquitectura, Mestrado em barcelona, encontra-se em Lisboa por 4 meses a cultivar o saber enquanto se prepara para ser Doutor.
Condição non-sine-qua-non mas importante: ter lido 'ChAOS' James Gleick
Debatem-se temas como a origem do universo, a origem da religião, o futuro da humanidade, o fim da democracia e tudo aquilo que possa ser debatido e cujas conclusões possam ser tiradas mas não confirmadas nos próximos tempos..
Ao novo membro implícito.. bem vindo!
Ponto de Encontro - aquela esplanada legalize que voces sabem
até breve
terça-feira, março 15, 2005
Citações Surtidas p'ra Usar ou Conquistar
Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida - Goethe
Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que ainda entendemos menos - Marquês de Sade
O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós - Jean-Paul Sartre
A dúvida é o principio da sabedoria - Aristóteles
Nada mais assustador que a ignorância em acção - Goethe
Nem todos os caminhos são para todos os caminhantes - Goethe
Por cada leão que cai um outro se levantará - António Oliveira
Nunca devemos admitir como causa daquilo que não compreendemos algo que ainda entendemos menos - Marquês de Sade
O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós - Jean-Paul Sartre
A dúvida é o principio da sabedoria - Aristóteles
Nada mais assustador que a ignorância em acção - Goethe
Falta ao nosso desejo música sábia - Rimbaud
Quando os ricos fazem a guerra, são sempre os pobres que morrem - Jean-Paul Sartre
Nem todos os caminhos são para todos os caminhantes - Goethe
Por cada leão que cai um outro se levantará - António Oliveira
quinta-feira, março 10, 2005
Máquinas de Filmar - Carpideiras dos nossos dias
Já se sabe que amanha vamos passar o dia com os enviados a Madrid a carpir o resta e não é pouco. Mas é mesmo assim e no fundo já estamos todos habituados, afinal de contas, onde chega uma camara chegamos todos nós.
Os Espanhois, Madrilenos, familiares das vitimas e afins que me perdoem mas não consigo verter uma lagrima. Sem duvida que senti mais os 192 que partiram faz amanha um ano que os 3mil e tal de 11/09, pela proximidade certamente, mas sobretudo porque pouca é a diferença entre Espanhois e Portugueses, desprezo bem a opinião do PND e na Nova Democracia a respeito desta materia.
Nós há muito que não invadimos ninguem, não temos politicas externas pro-guerra e se estamos ou estivemos com os americanos é apenas para nos pormos em bicos de pés já que na europa ninguem nos liga.
e apanhamos por tabela, ou melhor apanharam os espanhois mais precisamente 192 deles mais os feridos mais ou menos graves familiares etc, mas se as eleições portuguesas teem sido no ano passado e não ha pouco, quem sabe não tinham as coisas sido diferentes.
mas voltando ao tema inicial vou aproveitar para citar o povo, sempre sábio nos seu dizeres 'longe da vista, longe do coração'.
quero com isto perguntar que sao 192 vidas comparadas com 1.000.000 ? pois é, nada, peanuts como dizem os anglo-saxonicos. no entanto alem se lembra de falar da etnia Tutsi que foi quase varrida da terra pelos soldados do ruanda.
e os muçulmanos bósnios ? os albaneses no kosovo ? e a lista continuaria sem fim.. pois o desejo de dominio e grandeza do Homem é infinitamente superior à sua tolerancia.
acontece que no ruanda nenhuma camara lá entrou entre 1990 e 1995 (as datas não são importantes mas o significado) e em Atocha, 5 minutos após o estrondo já la estavam apinhados a fotografar o sangue, os corpos desmembrados, a solidariedade em tempos extremos, como diria A.A. 'a tragédia, o horror..'
mesmo na Bosnia, portas meias com a União Europeia, quanto tempo estivemos de olhos fechados ? quanto tempo esteve Milosevic no monte com os tanques apontados ao vale de Sarajevo ? quantos capitularam as mão de um tal Guterres em Timor-Leste antes e depois do referendo ?
192 não foram de certeza, nem 1000, nem 10000.. mas não estiveram lá camaras. Hoje em dia, mais do que fazer é preciso ser visto a fazer para chocar.
veja-se por exemplo o tsunami, em Portugal apenas vimos na televisão a Tailandia a Tailandia e a Tailandia, tudo porque la estavam 9 portugueses..
as estimativas apontam 226.566 mortos no total dos quais 166.000 na Indonésia! 166mil pessoas ? 9 Portugueses.. 192 mortos em Atocha
Vamos por as coisas nos seus lugares! o que vale um Pullitzer ou um World Press Photo ganho à custa do sofrimento dos outros ?
a verdade.. é que mais vale andar com uma camara senão acabamos por sofrer sozinhos..
Os Espanhois, Madrilenos, familiares das vitimas e afins que me perdoem mas não consigo verter uma lagrima. Sem duvida que senti mais os 192 que partiram faz amanha um ano que os 3mil e tal de 11/09, pela proximidade certamente, mas sobretudo porque pouca é a diferença entre Espanhois e Portugueses, desprezo bem a opinião do PND e na Nova Democracia a respeito desta materia.
Nós há muito que não invadimos ninguem, não temos politicas externas pro-guerra e se estamos ou estivemos com os americanos é apenas para nos pormos em bicos de pés já que na europa ninguem nos liga.
e apanhamos por tabela, ou melhor apanharam os espanhois mais precisamente 192 deles mais os feridos mais ou menos graves familiares etc, mas se as eleições portuguesas teem sido no ano passado e não ha pouco, quem sabe não tinham as coisas sido diferentes.
mas voltando ao tema inicial vou aproveitar para citar o povo, sempre sábio nos seu dizeres 'longe da vista, longe do coração'.
quero com isto perguntar que sao 192 vidas comparadas com 1.000.000 ? pois é, nada, peanuts como dizem os anglo-saxonicos. no entanto alem se lembra de falar da etnia Tutsi que foi quase varrida da terra pelos soldados do ruanda.
e os muçulmanos bósnios ? os albaneses no kosovo ? e a lista continuaria sem fim.. pois o desejo de dominio e grandeza do Homem é infinitamente superior à sua tolerancia.
acontece que no ruanda nenhuma camara lá entrou entre 1990 e 1995 (as datas não são importantes mas o significado) e em Atocha, 5 minutos após o estrondo já la estavam apinhados a fotografar o sangue, os corpos desmembrados, a solidariedade em tempos extremos, como diria A.A. 'a tragédia, o horror..'
mesmo na Bosnia, portas meias com a União Europeia, quanto tempo estivemos de olhos fechados ? quanto tempo esteve Milosevic no monte com os tanques apontados ao vale de Sarajevo ? quantos capitularam as mão de um tal Guterres em Timor-Leste antes e depois do referendo ?
192 não foram de certeza, nem 1000, nem 10000.. mas não estiveram lá camaras. Hoje em dia, mais do que fazer é preciso ser visto a fazer para chocar.
veja-se por exemplo o tsunami, em Portugal apenas vimos na televisão a Tailandia a Tailandia e a Tailandia, tudo porque la estavam 9 portugueses..
as estimativas apontam 226.566 mortos no total dos quais 166.000 na Indonésia! 166mil pessoas ? 9 Portugueses.. 192 mortos em Atocha
Vamos por as coisas nos seus lugares! o que vale um Pullitzer ou um World Press Photo ganho à custa do sofrimento dos outros ?
a verdade.. é que mais vale andar com uma camara senão acabamos por sofrer sozinhos..
quarta-feira, março 09, 2005
Velhos do Restelo
Escrevo hoje sobre um tema que diariamente me vem à cabeça sempre numa mistura de irritação e impotência, não sobre o personagem camoniano mas sobre a sua presença quotidiana na vida de todos nós.
O Velho do Restelo está vivo e infelizmente de boa saúde. Ser Velho do Restelo é quase sinónimo de Ser Português e isto é um facto que me deixa acima de tudo triste, triste por viver num país assim.
Quem foi o Velho do Restelo ?
O Velho do Restelo é uma personagem de Camões no célebre Os Lusíadas que representava simbolicamente aqueles que da nossa sociedade de então se opunham aos Descobrimentos, à nossa cavalgada por 'mares nunca dantes navegados'.
Aqueles de nós que ainda se recordam de tal personagem (e não somos assim tantos, embora na blogosfera certamente estamos em maioria) na altura pouco lhe ligaram porque nossos mestres (professores), como nós, à posteriori não entendemos como alguém se pode opor a tais feitos, 'novos mundos ao mundo'. Mas na verdade as coisas são bem mais complexas e não sou eu a pessoa que as pode esmiuçar, mas dou a minha colaboração.
Quem não ouviu já as seguintes palavras 'Eu não te avisei?'
para mim é a pior coisa que me podem dizer, e estou mesmo a ser sincero. mas ser aventureiro é assim mesmo, não sei se é inveja se é apenas espertice, mas quem quer ir contra a corrente tem de pagar o preço.
na verdade, agora como naqueles tempos, não são (apenas) razões altruistas que levam uma pessoa a querer ir onde outras não vão. vejam-se os actuais descobrimentos - a conquista espacial. sim senhor, ela la vai, ora devagar ora devagarinho. desde os anos 70 que o investimento caiu muito (digo eu) e entende-se porquê - os objectivos que podiam ser atingidos a relativamente curto prazo foram atingidos, o homem pisou a Lua.
mas porque pisou o homem a Lua ? pelas mesmas razões que foi até à India de barco ?
o homem pisou a Lua apenas porque ainda ninguem o tinha feito porque nada de bom (nem de mau) adveiu disso, gastou-se uma data de dinheiro.. desenvolveu-se a ciencia e a tecnologia.. mas para que precisamos nós de tais feitos ?
e porque precisavam eles de ir de barco à India ?
não fomos lá nós pelas mesmas razões que os americanos à Lua ?
foi só pra dizermos que podiamos, que somos melhor que eles (espanhois/russos) ?
e não é uma excelente razão ? bom, agente ainda trazia de la especiarias - outra coisa que nunca percebi muito bem.. então agente vai pa tão longe, sujeitos a morrer tantos de nós só por causa duns pozinhos pa por na comida ?
a verdade é que tamos muito mal habituados, agora até as iguarias do Japão ao Chile se podem encontrar em qualquer cidade nos restaurantes por aqui e por ali, mas naqueles tempos, era mesmo só peixe e carna podre semsaborona, que com aquela pitada de gengibre, pimenta e nós moscada lhes sabia a mel. e nem conheciam eles ainda o alho moído.
a mim, a ti e a outros como nós que querem ser diferentes eu faço esta pergunta: o que fazer com estes Novos-Velhos do Restelo ? especialmente quando são nossos amigos, nossos pais, nossos colegas..
é que falar é facil, certamente pensamos todos 'eu cá mando-os à fava.. sigo o meu caminho digam o que disserem'. mas é de pessoas que estamos a tratar, gente como eu e tu, mas com outra maneira de ver o mundo, que não procuram transformar o que está mal mundo e aproveitar-se disso, ser como os outros, aqueles que são espertos.. espertinhos..
de vez em quando gosto de fazer esta reflexão para não me esquecer que cada vez que ouvir 'tu é que sabes' a preparar um 'eu não te disse' é uma oportunidade de calar alguém, e é aí que ponho mais empenho, vontade e determinação naquilo que faço.
certamente que a velhice do restelo não reside apenas na 'ocidental praia lusitana' mas ela está por aqui bem entranhada. tenho vergonha de ser português, português portuguesinho, portugues sentado no canto e acomodado, superior apenas nas palavras e na dor de cotovelo, sentado à espera que a fama e a fortuna me venham parar às mão sem fazer nada por isso, apenas porque sou mais esperto que eles, porque conheço aquele e o outro, porque me vou safando e os outros que se lixem.
não tenho moral para apregoar estas palavras ao vento, sou apenas um jovem cheio de força de vontade e boas intenções, triste de ver para onde caminha o meu país e não ver ninguem a fazer nada por ele. ora ganhamos nós, ora ganham eles, ora metemos nós no nosso ora metem eles no deles e os outros que se lixem.
tão molengas somos que nem em máfias nos organizamos, pequenos furtos aqui ali, nada de grandezas que só dão problemas. depois te dirão 'eu não te avisei' e tu dirás 'pois, tinhas razão'.
e eu vos peço a vós portugueses não conformados que se levantem e não avisem ninguem, ouçam os conselhos dos outros mas deem-lhes a importância que merecem, não mais. sejam por vós próprios não andem a reboque dos outros. caguem nas modas e nos dizeres de conveniencia, no lucro facil e no sofá mole.
não direi 'ainda bem que não te dei ouvidos' pois não é vingança que procuro, é sentir-me bem comigo mesmo e isso sinto mesmo que falhe e que ouça 'eu não te disse' porque tentei, dei a cara, apanhei mas levanto-me e volto à luta, porque parar é morrer e é a errar que vou aprender.
aos que vivem à conta do estado, de não pagarem impostos, de máfias, manhas e esquemas, aos que se aproveitam, aos que se deixam aproveitar e se calam, e aos que se não fazendo nada, se algum dia fizerem alguma coisa é uma das anteriores eu vos peço para pararem para pensar e vos mando à merda.
a todos os Velhos do Restelo
O Velho do Restelo está vivo e infelizmente de boa saúde. Ser Velho do Restelo é quase sinónimo de Ser Português e isto é um facto que me deixa acima de tudo triste, triste por viver num país assim.
Quem foi o Velho do Restelo ?
O Velho do Restelo é uma personagem de Camões no célebre Os Lusíadas que representava simbolicamente aqueles que da nossa sociedade de então se opunham aos Descobrimentos, à nossa cavalgada por 'mares nunca dantes navegados'.
Aqueles de nós que ainda se recordam de tal personagem (e não somos assim tantos, embora na blogosfera certamente estamos em maioria) na altura pouco lhe ligaram porque nossos mestres (professores), como nós, à posteriori não entendemos como alguém se pode opor a tais feitos, 'novos mundos ao mundo'. Mas na verdade as coisas são bem mais complexas e não sou eu a pessoa que as pode esmiuçar, mas dou a minha colaboração.
Quem não ouviu já as seguintes palavras 'Eu não te avisei?'
para mim é a pior coisa que me podem dizer, e estou mesmo a ser sincero. mas ser aventureiro é assim mesmo, não sei se é inveja se é apenas espertice, mas quem quer ir contra a corrente tem de pagar o preço.
na verdade, agora como naqueles tempos, não são (apenas) razões altruistas que levam uma pessoa a querer ir onde outras não vão. vejam-se os actuais descobrimentos - a conquista espacial. sim senhor, ela la vai, ora devagar ora devagarinho. desde os anos 70 que o investimento caiu muito (digo eu) e entende-se porquê - os objectivos que podiam ser atingidos a relativamente curto prazo foram atingidos, o homem pisou a Lua.
mas porque pisou o homem a Lua ? pelas mesmas razões que foi até à India de barco ?
o homem pisou a Lua apenas porque ainda ninguem o tinha feito porque nada de bom (nem de mau) adveiu disso, gastou-se uma data de dinheiro.. desenvolveu-se a ciencia e a tecnologia.. mas para que precisamos nós de tais feitos ?
e porque precisavam eles de ir de barco à India ?
não fomos lá nós pelas mesmas razões que os americanos à Lua ?
foi só pra dizermos que podiamos, que somos melhor que eles (espanhois/russos) ?
e não é uma excelente razão ? bom, agente ainda trazia de la especiarias - outra coisa que nunca percebi muito bem.. então agente vai pa tão longe, sujeitos a morrer tantos de nós só por causa duns pozinhos pa por na comida ?
a verdade é que tamos muito mal habituados, agora até as iguarias do Japão ao Chile se podem encontrar em qualquer cidade nos restaurantes por aqui e por ali, mas naqueles tempos, era mesmo só peixe e carna podre semsaborona, que com aquela pitada de gengibre, pimenta e nós moscada lhes sabia a mel. e nem conheciam eles ainda o alho moído.
a mim, a ti e a outros como nós que querem ser diferentes eu faço esta pergunta: o que fazer com estes Novos-Velhos do Restelo ? especialmente quando são nossos amigos, nossos pais, nossos colegas..
é que falar é facil, certamente pensamos todos 'eu cá mando-os à fava.. sigo o meu caminho digam o que disserem'. mas é de pessoas que estamos a tratar, gente como eu e tu, mas com outra maneira de ver o mundo, que não procuram transformar o que está mal mundo e aproveitar-se disso, ser como os outros, aqueles que são espertos.. espertinhos..
de vez em quando gosto de fazer esta reflexão para não me esquecer que cada vez que ouvir 'tu é que sabes' a preparar um 'eu não te disse' é uma oportunidade de calar alguém, e é aí que ponho mais empenho, vontade e determinação naquilo que faço.
certamente que a velhice do restelo não reside apenas na 'ocidental praia lusitana' mas ela está por aqui bem entranhada. tenho vergonha de ser português, português portuguesinho, portugues sentado no canto e acomodado, superior apenas nas palavras e na dor de cotovelo, sentado à espera que a fama e a fortuna me venham parar às mão sem fazer nada por isso, apenas porque sou mais esperto que eles, porque conheço aquele e o outro, porque me vou safando e os outros que se lixem.
não tenho moral para apregoar estas palavras ao vento, sou apenas um jovem cheio de força de vontade e boas intenções, triste de ver para onde caminha o meu país e não ver ninguem a fazer nada por ele. ora ganhamos nós, ora ganham eles, ora metemos nós no nosso ora metem eles no deles e os outros que se lixem.
tão molengas somos que nem em máfias nos organizamos, pequenos furtos aqui ali, nada de grandezas que só dão problemas. depois te dirão 'eu não te avisei' e tu dirás 'pois, tinhas razão'.
e eu vos peço a vós portugueses não conformados que se levantem e não avisem ninguem, ouçam os conselhos dos outros mas deem-lhes a importância que merecem, não mais. sejam por vós próprios não andem a reboque dos outros. caguem nas modas e nos dizeres de conveniencia, no lucro facil e no sofá mole.
não direi 'ainda bem que não te dei ouvidos' pois não é vingança que procuro, é sentir-me bem comigo mesmo e isso sinto mesmo que falhe e que ouça 'eu não te disse' porque tentei, dei a cara, apanhei mas levanto-me e volto à luta, porque parar é morrer e é a errar que vou aprender.
aos que vivem à conta do estado, de não pagarem impostos, de máfias, manhas e esquemas, aos que se aproveitam, aos que se deixam aproveitar e se calam, e aos que se não fazendo nada, se algum dia fizerem alguma coisa é uma das anteriores eu vos peço para pararem para pensar e vos mando à merda.
a todos os Velhos do Restelo
terça-feira, março 08, 2005
Professor MAMADU
porque uma imagem vale mais que mil palavras
e porque máquinas fotográficas boas custam dinheiro
Se quiser prender uma vida nova e pôr fim a tudo o que lhe preocupa, contacte o Mestre Mamadu, ele tratará o seu problema com rapidez, honestidade e eficácia.
Consultas das 9h. às 22h de Segunda a Domingo, pessoalmente ou por carta.
Pagamento depois do resultado.
porque estes são dias difíceis e as respostas podem estar onde menos se espera
Vidas e Gentes - um blog ao serviço da comunidade
e porque máquinas fotográficas boas custam dinheiro
* Professor MAMADU *
Astrólogo - Grande Médium Vidente
Especialista de todos os trabalhos ocultos. Resultados rápidos e garantidos. Dotado de dom hereditário. Ele resolve todos os problemas mesmo os casos mais desesperados: Amor, negócios, casamento, impotência sexual, insucessos, depressão, doenças espirituais, sorte ao jogo, protecção, retorno imediato e definitivo de quem amar, harmonia matrimonial e fidelidade absoluta entre esposos.
Se quiser prender uma vida nova e pôr fim a tudo o que lhe preocupa, contacte o Mestre Mamadu, ele tratará o seu problema com rapidez, honestidade e eficácia.
Consultas das 9h. às 22h de Segunda a Domingo, pessoalmente ou por carta.
Pagamento depois do resultado.
porque estes são dias difíceis e as respostas podem estar onde menos se espera
Vidas e Gentes - um blog ao serviço da comunidade
a Lisboa que eu não conhecia
tudo começou com uma simples pergunta, 'sabes onde fica camarate?', tivesse eu respondido de outra forma..
- mais ou menos, sei ir para lá perto pelas traseiras do aeroporto..
- ah.. é que o carro precisa de ir à inspecção e se pudesses deixa-lo numa garagem lá para aqueles lados eles fazem-lhe uma revisão e levam-no lá. a senhora deu-me mais ou menos as indicações para chegar lá.
nesta altura Z. estende-me um papel com as seguintes anotações:
Lumiar
Calçada de Carriche
Placa Fetais
Cruzamento - Frente
Galinheiras
Bairro Novo
Eucalipto - Farmácia
foi pouco depois que a urgência em despachar Z. de meus aposentos me levou a atirar sem confiança um ya-tasse-bem-não-me-chateies-mais-que-eu-tenho-mais-que-fazer que foi naturalmente entendido como sim afirmativo. e por aqui se ficou a conversa.
lá ia eu, CRIL-2ªCirc.-EixoN/S-Calçada.de.Carriche... A8..
e bem que podia ir até Leiria, porque placas a dizer Fetais não abundam naquela estrada. rewind, que é como quem diz, troca o paço e volta ao mesmo, A8-Calçada.de.Carriche... bem o resto é história, caguei no papel e fui pelo caminho que conheço pela Alameda das Linhas de Torres (ou coisa que o valha) e lá encontrei cheguei a um largo com um coreto que tinha aspecto de ser o sitio mais importante ali da zona. e la saio eu descontraido do carro ainda ligado , oculos na cabeça, telemóvel na mão quando me dou conta de onde estou, bem.. onde exactamente não sabia mas rapidamente concluí que sitio bom não era.
'a ultima vex que senti este cheiro foi no Casal Ventoso'
pois é, cheiro a agarrado e aos molhes, tava na Meia Laranja ali do sitio e o pior é que nada havia a fazer porque ainda por cima tava perdido. lá fui ter com um grupinho de agarrados, estacionados a 2 metros do carro
- man, como é que se chama esta cena?
-como assim?
-isto é o Largo das Galinheiras?
-andas à procura do quê?
-epá.. se isto for as Galinheiras ando à procura do Bairro Novo
-do Bairro Novo do quê? mostra lá esse papel..
importa fazer aqui uma pausa e recapitular a situação, ora bem o carro estava ligado, o radio a tocar, a porta aberta, eu já a uns bons 5 metros do carro..
-ah isso é ali em baixo, viras ali, fazes assim e tal
-tasse bem, obrigadão
chegado ao Eucalipto - existe literalmente um eucalipto quase no meio da estrada liguei para a garagem e esperei por indicações mais precisas.
-boa tarde, eu tenho de ir aí entregar um carro, estou aqui ao pé da farmácia e do eucalipto
-segue em direcção a camarate, sempre pela direita, não vira pa lado nenhum, vai passar por umas barracas, quando tiver à sua esquerda um muro branco, vira à direita. se tá ao pé da farmácia são 2/3 minutos até chegar aqui.
-uhhmmm.. ok.
-ahh, quando virar à direita vai entrar numa estrada calcetada.
-ok, ok. (roger that)
-ahh isto fica mesmo em frente das barracas.
-ok até já.
e la fui eu serpenteando as colinas até que dei com o muro branco, as barracas e a estrada calcetada que mais não é do que uma rua no "bairro das barracas". e ali estava eu ao duma garagem (nem 5 metros tinha ainda avançado com o carro) cheia de autocolantes "tunning" e ter à porta os já tradicionais Fiat Uno Turbo ie, Punto GT, Saxo Cup e afins. deduzi não fosse aquela pela descrição que apresento mas visto ter uns "manos" de tez escura a olhar pa mim com cara de quem não sabe se há-de me vender xamon ou pedir pa fazer uma chamada decidi tomar a iniciativa e fazer eu uma chamada de novo para a senhora.
-olhe acho que já aqui estou mas não sei qual é a garagem..
-é a 3ª da rua, a primeira tem um portão azul, depois um amarelo e é uma com portão amarelado
concluí estar na rua das garagens.
depois de fazer as queixas sobre o funcionamento do carro como quem percebe do assunto
-tem os injectores entupidos, o ralenti muito em cima e a suspensão direita tá a fazer um barulho estranho mas não sei se é a mola, o amortecedor ou outra peça qualquer..
-ahh.. isso agente leva à inspecção e se chumbar logo se muda. sabe, é que agente não tem máquinas para ver essas coisas e eles lá fazem o teste com precisão.
devo ter feito uma cara denunciadora do que me ia na cabeça porque ela se apressou a dizer:
-mas olhe que fazemos já a revisão, mudamos os filtros, alinhamos a direcção.. essas coisas. e se por acaso chumbar, bem, também são só 6€.
como quem paga não sou eu.. é-me indiferente, assim tratei de colocar as minhas questões:
-olhe.. uhmm então e como é que se sai daqui?
-como é que está a pensar em ir embora?
-(de cuecas não é de de certeza, mas guardei o comentário para mim) de transportes, há por aqui autocarros?
-parece que há ali um. oh 'zé' (não me recorda o nome) que autocarros é que há aqui? sabe é que eu não ando de autocarro
-(gente fina é outra coisa)pois..
-para onde é que quer ir?
-(para qq sitio longe daqui) campo grande por exemplo..
-há o 17 para Fetais
-(isso é que dava mesmo geito agora, perdido já eu tou)uhmm
-po outro lado vai pa avenida do brasil. po campo grande tem de apanhar outro depois
-(nessa altura, foi como se morasse no Julio de Matos) ahh excelente!
e lá fui eu no 17.. regressando às Galinheiras lá entraram uns carochos e o pessoal das meias branca por fora das calças, boné levantado (digo eu que é a imitar look do capacete das obras - por confirmar) e óculos Arnette (naturalmente roubados) "casualmente" descaidos. mas nessa altura já todos os meus bens estavam bem refundidos na mochila e limitei-me a apreciar a vista.
diga-se em verdade, a Alta de Lisboa tem uma vista bem bonita mas cheira a pobre e o barulho dos aviões deve ser bem insuportável..
desde que daqui tiraram o Bairro dos Húngaros e os outros que por aqui proliferavam não troco Miraflores por vista nenhuma, não vejo o rio mas consigo cheirar Monsanto e ouvir os pássaros (as 6h da manhã claro está)
- mais ou menos, sei ir para lá perto pelas traseiras do aeroporto..
- ah.. é que o carro precisa de ir à inspecção e se pudesses deixa-lo numa garagem lá para aqueles lados eles fazem-lhe uma revisão e levam-no lá. a senhora deu-me mais ou menos as indicações para chegar lá.
nesta altura Z. estende-me um papel com as seguintes anotações:
Lumiar
Calçada de Carriche
Placa Fetais
Cruzamento - Frente
Galinheiras
Bairro Novo
Eucalipto - Farmácia
foi pouco depois que a urgência em despachar Z. de meus aposentos me levou a atirar sem confiança um ya-tasse-bem-não-me-chateies-mais-que-eu-tenho-mais-que-fazer que foi naturalmente entendido como sim afirmativo. e por aqui se ficou a conversa.
lá ia eu, CRIL-2ªCirc.-EixoN/S-Calçada.de.Carriche... A8..
e bem que podia ir até Leiria, porque placas a dizer Fetais não abundam naquela estrada. rewind, que é como quem diz, troca o paço e volta ao mesmo, A8-Calçada.de.Carriche... bem o resto é história, caguei no papel e fui pelo caminho que conheço pela Alameda das Linhas de Torres (ou coisa que o valha) e lá encontrei cheguei a um largo com um coreto que tinha aspecto de ser o sitio mais importante ali da zona. e la saio eu descontraido do carro ainda ligado , oculos na cabeça, telemóvel na mão quando me dou conta de onde estou, bem.. onde exactamente não sabia mas rapidamente concluí que sitio bom não era.
'a ultima vex que senti este cheiro foi no Casal Ventoso'
pois é, cheiro a agarrado e aos molhes, tava na Meia Laranja ali do sitio e o pior é que nada havia a fazer porque ainda por cima tava perdido. lá fui ter com um grupinho de agarrados, estacionados a 2 metros do carro
- man, como é que se chama esta cena?
-como assim?
-isto é o Largo das Galinheiras?
-andas à procura do quê?
-epá.. se isto for as Galinheiras ando à procura do Bairro Novo
-do Bairro Novo do quê? mostra lá esse papel..
importa fazer aqui uma pausa e recapitular a situação, ora bem o carro estava ligado, o radio a tocar, a porta aberta, eu já a uns bons 5 metros do carro..
-ah isso é ali em baixo, viras ali, fazes assim e tal
-tasse bem, obrigadão
chegado ao Eucalipto - existe literalmente um eucalipto quase no meio da estrada liguei para a garagem e esperei por indicações mais precisas.
-boa tarde, eu tenho de ir aí entregar um carro, estou aqui ao pé da farmácia e do eucalipto
-segue em direcção a camarate, sempre pela direita, não vira pa lado nenhum, vai passar por umas barracas, quando tiver à sua esquerda um muro branco, vira à direita. se tá ao pé da farmácia são 2/3 minutos até chegar aqui.
-uhhmmm.. ok.
-ahh, quando virar à direita vai entrar numa estrada calcetada.
-ok, ok. (roger that)
-ahh isto fica mesmo em frente das barracas.
-ok até já.
e la fui eu serpenteando as colinas até que dei com o muro branco, as barracas e a estrada calcetada que mais não é do que uma rua no "bairro das barracas". e ali estava eu ao duma garagem (nem 5 metros tinha ainda avançado com o carro) cheia de autocolantes "tunning" e ter à porta os já tradicionais Fiat Uno Turbo ie, Punto GT, Saxo Cup e afins. deduzi não fosse aquela pela descrição que apresento mas visto ter uns "manos" de tez escura a olhar pa mim com cara de quem não sabe se há-de me vender xamon ou pedir pa fazer uma chamada decidi tomar a iniciativa e fazer eu uma chamada de novo para a senhora.
-olhe acho que já aqui estou mas não sei qual é a garagem..
-é a 3ª da rua, a primeira tem um portão azul, depois um amarelo e é uma com portão amarelado
concluí estar na rua das garagens.
depois de fazer as queixas sobre o funcionamento do carro como quem percebe do assunto
-tem os injectores entupidos, o ralenti muito em cima e a suspensão direita tá a fazer um barulho estranho mas não sei se é a mola, o amortecedor ou outra peça qualquer..
-ahh.. isso agente leva à inspecção e se chumbar logo se muda. sabe, é que agente não tem máquinas para ver essas coisas e eles lá fazem o teste com precisão.
devo ter feito uma cara denunciadora do que me ia na cabeça porque ela se apressou a dizer:
-mas olhe que fazemos já a revisão, mudamos os filtros, alinhamos a direcção.. essas coisas. e se por acaso chumbar, bem, também são só 6€.
como quem paga não sou eu.. é-me indiferente, assim tratei de colocar as minhas questões:
-olhe.. uhmm então e como é que se sai daqui?
-como é que está a pensar em ir embora?
-(de cuecas não é de de certeza, mas guardei o comentário para mim) de transportes, há por aqui autocarros?
-parece que há ali um. oh 'zé' (não me recorda o nome) que autocarros é que há aqui? sabe é que eu não ando de autocarro
-(gente fina é outra coisa)pois..
-para onde é que quer ir?
-(para qq sitio longe daqui) campo grande por exemplo..
-há o 17 para Fetais
-(isso é que dava mesmo geito agora, perdido já eu tou)uhmm
-po outro lado vai pa avenida do brasil. po campo grande tem de apanhar outro depois
-(nessa altura, foi como se morasse no Julio de Matos) ahh excelente!
e lá fui eu no 17.. regressando às Galinheiras lá entraram uns carochos e o pessoal das meias branca por fora das calças, boné levantado (digo eu que é a imitar look do capacete das obras - por confirmar) e óculos Arnette (naturalmente roubados) "casualmente" descaidos. mas nessa altura já todos os meus bens estavam bem refundidos na mochila e limitei-me a apreciar a vista.
diga-se em verdade, a Alta de Lisboa tem uma vista bem bonita mas cheira a pobre e o barulho dos aviões deve ser bem insuportável..
desde que daqui tiraram o Bairro dos Húngaros e os outros que por aqui proliferavam não troco Miraflores por vista nenhuma, não vejo o rio mas consigo cheirar Monsanto e ouvir os pássaros (as 6h da manhã claro está)
segunda-feira, março 07, 2005
Este semestre é que é !!
Este semestre..
(...) vou a todas as aulas
(...) não vou passar o tempo no bar
(...) não vou fazer cadeiras de véspera
(...) vou estudar durante o semestre
(...) vou fazer todas as cadeiras em que estou inscrito
(...) mais do que passar às cadeiras vou aprender a matéria
(...) vou ter mais de 14 a tudo
(...) não vou entregar trabalhos "copy-paste"
(...) não vou fazer fazer directas pa entregar trabalhos
(...) vou tirar sempre apontamentos
(...) vou ter um caderno organizado
(...) vou comprar todas as sebentas, livros e fotocópias da bibliografia das cadeiras
Este semestre é que é !
A todos aqueles que repetem comigo estes mandamentos a cada 6 meses
(...) vou a todas as aulas
(...) não vou passar o tempo no bar
(...) não vou fazer cadeiras de véspera
(...) vou estudar durante o semestre
(...) vou fazer todas as cadeiras em que estou inscrito
(...) mais do que passar às cadeiras vou aprender a matéria
(...) vou ter mais de 14 a tudo
(...) não vou entregar trabalhos "copy-paste"
(...) não vou fazer fazer directas pa entregar trabalhos
(...) vou tirar sempre apontamentos
(...) vou ter um caderno organizado
(...) vou comprar todas as sebentas, livros e fotocópias da bibliografia das cadeiras
Este semestre é que é !
A todos aqueles que repetem comigo estes mandamentos a cada 6 meses
sexta-feira, março 04, 2005
Porque somos diferentes!
muito se disse e muito (embora não tanto quanto se disse) se escreveu sobre a sexualidade do futuro 1ºMinistro da República Democrática Portuguêsa - RDP
diz-se, diz que disse, ouve-se, diz que se ouviu, diz quem sabe, eles dizem, dizem eles que sabem que o Engº José Sócrates é GAY.
Digo eu que nada sei e disso estou certo (Sócrates não me chamo eu): MAS QUE IMPORTA ISSO ??
bom, certo e sabido que para mim NADA, mas e para o José (figura disforme e assexuada, nascida do casamento prematuramente desfeito entre Marcelo Politico-Apresentados-Comentador-Enterteiner-Filósofo-Escritor-Leitor.de.todos.os.livros.jámais.escritos.e.por.escrever-Rebelo de Sousa e o dito-maldito PSD) ??
para o José as coisas não são assim tão simples, "é cum carago, já não bastava o Portas ? nááá.. eu cá voto noutro.. ainda me mudam a cor do meu benfica da bandeira para cor-de-rosa, lilás ou fuxia"
pois é verdade, para o zé-povinho, o género sexual que faz arrebitar as peles ao nosso primeiro é importante.. senão quem é que se vai rir das piadas sobre mamas do Blair, ou dos comentários do Schroeder sobre tapinhas nas nalgas..
bem, agora já nada há a fazer, dai-lhe força Senhor para resistir às tentações, fá-lo rir, não o deixais se abater quando lhe disserem para fazer "broche-a-cavalo"..
então me dizeis vós meus leitores.. não seria melhor "meter-mos" lá um Clinton.. bom, Clinton's não temos, há um Santana mas esse coitado.. nem com 17 secretárias e 48 acessores de imprensa lá vai..
embora o voto seja secreto, eu aqui vos deixo o meu: PS - Sócrates.. Há Pois É!
vamos redefinir o nome de Portugal, vamos deixar de ser o país sentado no canto com as orelhas de burro, vamos deixar de ter bigode, vamos deixar de usar galochas e bonés ao contrário, vamos deitar fora as ceroulas e as camisas interiores..
Portugal vai vestir um Dior chiquíssimo de lantejoula e madre-pérola, usar maquilhage simples, um rosasinho no labio e uma sombra discreta e sapato de salto-alto aberto italiano mas feito no Vale do Ave e penteados pela Isabel Queirós do Vale.
Vamos frequentar o Lux, o Buddha Bar e o Gasoline; vamos a desfiles, vamos ao bailado, vamos a todos o lado..
temos camarote no Scala, na Ópera e na Gulbenquian, sempre com estilo, sempre lá, lá onde nós estamos e nós estamos lá!
Alexandre o Grande também o era talvez tenha sido a motivação de ir-ao-cú aos vizinhos, da Macedónia à India.. um atrás do outro, pimba, pimba, pimba, porque ele, como nós.. PIMBA!
Pimba, mas com estilo, pimba-fashion, lusopimbastyle. Vamos ser amigos da Princesa da Dinamarca e da Duquesa de York, do Príncepe Alberto e da Margarida Prieto.
vamos revolucionar o umbigo e fazer da Europa a nossa melhor amiga e confidente
porque somos diferentes!
diz-se, diz que disse, ouve-se, diz que se ouviu, diz quem sabe, eles dizem, dizem eles que sabem que o Engº José Sócrates é GAY.
Digo eu que nada sei e disso estou certo (Sócrates não me chamo eu): MAS QUE IMPORTA ISSO ??
bom, certo e sabido que para mim NADA, mas e para o José (figura disforme e assexuada, nascida do casamento prematuramente desfeito entre Marcelo Politico-Apresentados-Comentador-Enterteiner-Filósofo-Escritor-Leitor.de.todos.os.livros.jámais.escritos.e.por.escrever-Rebelo de Sousa e o dito-maldito PSD) ??
para o José as coisas não são assim tão simples, "é cum carago, já não bastava o Portas ? nááá.. eu cá voto noutro.. ainda me mudam a cor do meu benfica da bandeira para cor-de-rosa, lilás ou fuxia"
pois é verdade, para o zé-povinho, o género sexual que faz arrebitar as peles ao nosso primeiro é importante.. senão quem é que se vai rir das piadas sobre mamas do Blair, ou dos comentários do Schroeder sobre tapinhas nas nalgas..
bem, agora já nada há a fazer, dai-lhe força Senhor para resistir às tentações, fá-lo rir, não o deixais se abater quando lhe disserem para fazer "broche-a-cavalo"..
então me dizeis vós meus leitores.. não seria melhor "meter-mos" lá um Clinton.. bom, Clinton's não temos, há um Santana mas esse coitado.. nem com 17 secretárias e 48 acessores de imprensa lá vai..
embora o voto seja secreto, eu aqui vos deixo o meu: PS - Sócrates.. Há Pois É!
vamos redefinir o nome de Portugal, vamos deixar de ser o país sentado no canto com as orelhas de burro, vamos deixar de ter bigode, vamos deixar de usar galochas e bonés ao contrário, vamos deitar fora as ceroulas e as camisas interiores..
Portugal vai vestir um Dior chiquíssimo de lantejoula e madre-pérola, usar maquilhage simples, um rosasinho no labio e uma sombra discreta e sapato de salto-alto aberto italiano mas feito no Vale do Ave e penteados pela Isabel Queirós do Vale.
Vamos frequentar o Lux, o Buddha Bar e o Gasoline; vamos a desfiles, vamos ao bailado, vamos a todos o lado..
temos camarote no Scala, na Ópera e na Gulbenquian, sempre com estilo, sempre lá, lá onde nós estamos e nós estamos lá!
Alexandre o Grande também o era talvez tenha sido a motivação de ir-ao-cú aos vizinhos, da Macedónia à India.. um atrás do outro, pimba, pimba, pimba, porque ele, como nós.. PIMBA!
Pimba, mas com estilo, pimba-fashion, lusopimbastyle. Vamos ser amigos da Princesa da Dinamarca e da Duquesa de York, do Príncepe Alberto e da Margarida Prieto.
vamos revolucionar o umbigo e fazer da Europa a nossa melhor amiga e confidente
porque somos diferentes!
Onde estariamos nós (...) ?
... se Arquimedes tivesse um computador
... se Leonardo da Vinci tivesse uma máquina de filmar
... se o Infante D. Henrique tivesse uma lancha rápida
... e se Fernando Pessoa tivesse um BLOG ??
Resposta:
nós não sei.. e eles?
... se Leonardo da Vinci tivesse uma máquina de filmar
... se o Infante D. Henrique tivesse uma lancha rápida
... e se Fernando Pessoa tivesse um BLOG ??
Resposta:
nós não sei.. e eles?
- Arquimedes trabalharia num qualquer escritório de engenharia, fazendo vivendas de 2 pisos na Quinta do Conde
- Da Vinci seria um papa-concursos
- o Infante na melhor das hipóteses tinha-a estacionada em Vilamoura e ia de carro para não enjoar
- e o Pessoa ?? que seria do nosso Pessoa se lhe dessem para as mão um blog ?
quinta-feira, março 03, 2005
Inauguração
Está oficialmente aberto o blog-do-toni.
António, um rapaz de Lisboa (menina e moça, menina..) decide certo dia criar o seu blog sem razão aparente, afinal de contas o pouco ou nada tem a dizer de si mesmo já foi por outros dito antes mesmo de existir. Daí a pergunta, mais um blog? é que ele há blogs e blogs e este é um blog daqueles (se é que me faço entender).
António, um rapaz de Lisboa (menina e moça, menina..) decide certo dia criar o seu blog sem razão aparente, afinal de contas o pouco ou nada tem a dizer de si mesmo já foi por outros dito antes mesmo de existir. Daí a pergunta, mais um blog? é que ele há blogs e blogs e este é um blog daqueles (se é que me faço entender).
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