segunda-feira, abril 18, 2005

a morte fica-vos tão bem

tudo começou quando me deram uma chave e um papel com uma frase.

a chave não era normal. era como uma foice pequenina e dentes bem afiados. tinha inscrito REPpILCrIAH2O0. depois de algum trabalho de pesquisa descobri referências a uma chave em tudo idêntica num livro sobre a época dos romanos. aparentemente a chave foi capturada na antiga constantinópola numa operação secreta ordenada por alguem próximo do imperador. um tal Rudisiuos que acabou no coliseu entre os leões por ter morto a mulher do imperador.

o papel da chave na história não parecia muito claro mas descobri outras referências mais recentes. parece que d. pedro é que matou d.ines e depois usou a chave para a trazer de volta à vida iludindo assim o pai. isto estava obviamente classificado como mito pelos historiadores.

como usar a chave descobri num antigo manual maçónico, associado às cruzadas e aos templários. a foice deve ser usada para penetrar horizontalmente o tecido mamário, passar entre as vértebras e ao ser rodada 180º tráz a pessoa de volta à vida. o livro de s.cipriano também fala nisto mas com outros preparativos, óleos e unções que me parecem de todo despropositadas e que reforçam a minha ideia de que se trata do santo dos merceeiros. refere ainda que isto deve acontecer nunca mais de 3 dias após a morte física.

ha questão era obvia. quem ia eu ressuscitar. a frase era 'isso é parte de mim'. a resposta não era imediata. alias, estava muito longe de ser imediata. um verdadeiro enigma dos antigos. nao tinha ninguem que valesse a pena matar e trazer de volta, acho que trazer de volta alguem que eu matasse só me traria problemas. era hora de pensar em alguem que ja tivesse partido nos ultimos dias. ou esperar que alguem morra.

'isso é parte de mim'

isso o que? a chave '

é parte de quem? de mim?

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