quarta-feira, março 14, 2007

sexta-feira em albufeira o mundo esteve para acabar

mortus est mais um blog dos tantos que por ai pululam.
nascido num fogacho de inspiração de alguém sem nada para dizer.
ainda assim, já moribundo, se continuou arrastando na podridão fétida dos pântanos do apocalipse.


mas o sufoco era maior que a enxurrada de pensamento passivo de transcrição.
aguentou a barragem, estagnou o ribeiro, e do outro lado nem o salmão se cumpriu, postado que ficou nas pás da turbina.


e como crime é continuar a escrever quando nada se tem para dizer, decretada lhe foi a morte, que de súbita pouco teve, mas não deixou de ser fogo fátuo na floresta internetica.


será chuva, será gente?


qual fénix, qual carapuça.


ia já a caminho da legal medicina quando se lhe escutaram uns latidos, ainda que carregados de parcimónia e mais para lá do que para cá para chamar as coisas pelos nomes. mas parece que a decadência atrai a compaixão, e ainda que morrendo querendo, não lho deixou o raio do autor.


eis que se levantou e disse:


mas não foi sem mais nem menos que um dia parti sem destino nenhum. tem graça, dou por mim pensando onde isto me vai levar. talves um dia acabe por pintar a 125 de azul, quando a lua me trocar por outro bandido qualquer. vai e segue, tu que no fim do mar três vezes giraste e e três vezes rugiste. cantar de salomão, tom e meio abaixo de qualquer coisa que soe bem.

veste o preconceito e arremeça-te, semsaborão maldito, que o sentido da vida é a vida sem sentido. isto afinal é mesmo tudo a mesma carneirada.

não te preocupes filho, que eles têm lá coisas e computadores e hão de saber o que fazer contigo.

revolta-te meu menino, revolta-te, não são dois whiskeys ao jantar que fazem de ti a burguesia.

deixa que o desejo te ate ao leme da passarola que voa com as vontades, meu d. joão V de trazer por casa.

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