sábado, abril 08, 2006

contemplações

sentei-me na margem do Tejo a pensar onde estou e perdi-lhe o rumo.
aspirei a brisa e o entardecer junto ao rio que me viu nascer.
ao ritmo das velas cortei caminho de uma vida sem sentido.
a conclusão é sempre a mesma, mas é bom vesti-la cada dia de uma forma diferente.
dou comigo a pensar a pensar na morte. que mais se pode fazer enquanto se vive?
é a morte que me faz viver. e é para ela que vivo. todos somos pequenos à luz da sombra.
a penumbra vive em mim. a frugalidade faz-me cada vez mais sentido.
oscar wilde disse: a consistência é o último refúgio das pessoas pouco imaginativas.
o tempo esqueceu-se do relógio, mas não parou por isso. nem sequer voltou para trás.
seguiu o seu caminho indiferente a tudo. tenho tanto a aprender com ele. e veio-me à memória uma frase batida: hoje é o primeiro dia do resto da minha vida.

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