domingo, maio 07, 2006

crónicas da ampulheta

o tempo é finito. entre o nada fazer e o fazer tudo como quem nada faz ele passa.. e passa..
diz o duarte que é um rapaz com muito tempo nas mãos digo eu que tem dias. aquele que não seguramos nas mãos não nos pertence. é-nos pedido ou furtado por alguém, ainda não caiu em desuso pelo povo, até porque o povo é quem mais sabe, dá-me um minutinho (do seu tempo) ? mas nem todos pedem assim. uns são-nos levados, e assim o poder da escolha já não nos pertence. ter tempo é poder escolher, ou escolher ainda que seja uma não-escolha, é uma escolha ainda assim.

e vai ele como quem não quer a coisa, passando..

a nós vem-nos a percepção e com ela a vontade antítese da escolha. uma vez por outra escrevemos, que é como quem sombreia diagonais em folhas aos quadradinhos em ciclos de 60 a 120 minutos. já que nada aqui faço, disfarço.

foram-se os quadradinhos, veio o papel, qual papel? o papel, qual papel? é o que nos pagam pelo nosso tempo. então fazemos assim, damos o nosso tempo livre, tanto quanto possível, de quadradinhos e vós dai-nos o papel, qual papel? assim vamos por ora..

...entre papeis enquanto o tempo passa.

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