quinta-feira, novembro 10, 2011

São Paulo Chronicles: Volume 1 - Tomo 1 - 1. O começo

30.Outubro.2011 Lisboa, Portugal 23h10

TAP TP0087

01.Novembro.2011 São Paulo, SP, Brasil 07h10

Polícia Federal, bagagens, alfândega

Aeroporto de Guarulhos 08h30 - 9h00

Taxi

Previsão: "aí.. para a Faria Lima, a essa hora, puta vai ser umas 2 horas. vou ver se arrumo um caminho melhor mais não dá para prever."




R$118 (uns 50€) depois (tarifa é fixa pelo que não compensa enganar turista nos Aeroportos do Brasil, e esta hãn!)


Quality Hotel Faria Lima, finalmente! quality de qualidade? não me posso queixar. nice LCD, 1 jogo da liga portuguesa por semana, ESPN com 2/3 jogos da NFL, wi-fucking-fi, real orange juice by the morning, paparico no fim do dia (é uma senhora que aparece a perguntar se eu quero chá ou café).

unpack, undress, shower, unshower, dress, and relax..

13h Eldorado Shopping Center: primeira experiência gastronómica não prima pela redução de colesterol. o sistema de chamada com senhas também levou uns 5 min a apreender.

10 min. de espera por um café de 2€ (já não me lembrava do célere atendimento desde os tempos da viagem de finalistas)

entretanto descobri que não é assim tão mau, ser simpático com as empregadas ajuda bastante na velocidade do atendimento (falar português com arredondamento também não faz pior)

14h Eldorado Business Tower: fazer cartão temporário, encontrar qual dos 4 grupos de 6 elevadores

descobrir como se apanha um elevador sem botões
descobrir como se escolhe o andar sem botões para carregar

descobrir para que serve uma espécie de multibanco sem ranhura para cartões nem saída de dinheiro onde toda a gente gosta de escrever o piso para onde quer ir



subo até à recepção da Gafisa no piso 19.... e olho para a esquerda em vez de olhar para a direita e vejo isto:


BPN Brasil,

Grupo Português de Negócios




Sim, isto foi mesmo assim.

queres ver que isto foi tudo um sonho! Será o Dias Loureiro vai de repente saltar de trás daquela bancada e propor-me uma conta poupança caimão..






O resto é história. Do outro lado do 19º fica de facto a recepção da Gafisa.

pa-ta-ti-pa-ta-ta

powerpoints.

10h de voo começam finalmente a fazer mossa.




São Paulo, Day 1


sábado, fevereiro 26, 2011

hello world 2.0

2011. O mundo mudou entretanto. E está a mudar. Sempre. E lá continua ele.

Já nós mudamos só de roupa. Às vezes pintamos a fachada.


Passaram 4 anos.


Daqui a mais 20 a minha geração chega ao poder. Que país vamos herdar? Que vai ser de Portugal em 2030? Que vamos produzir? Que vamos pensar? Onde nos vamos esconder? Onde queremos estar em 2020 para estarmos lá em 2030?

Para quando uma reflexão de Portugal a longo prazo? Para lá do trimestre, do semestre, etc.

segunda-feira, maio 14, 2007

um azar nunca vem só

Estava eu nos CTT de Alte, impaciente para ser atendido e me por a andar dali para fora quando a história de um homem foi contada.

Como estava mais interessado em me dali para fora sem correspondência nas mão não liguei ao princípio da história, mas por alguma razão o Sr. Belarmino (nome fictício) decidiu (teve de) ir a Lisboa. E lá foi na sua lambreta.

Chegado à capital tentou atravessar a ponte. Em vão. A ponte não se atravessa de lambreta disse-lhe a guarda. Não se lembrando de ir a Cacilhas (digo eu) decidiu voltar para trás. A caminho do Algarve é multado pela guarda por não ter o nome inscrito na lambreta. Não contente, decide pintar o seu nome em letras brancas bem visíveis. Acaba multado por ter pintado a viatura sem ter alterado o livrete.

segunda-feira, março 26, 2007

1147 - 2007

tive ontem a ocasião de ver um pouco do programa que discute os 10 maiores portugueses. não consegui ver tudo porque sinceramente não tenho paciência para aturar a Maria Elisa; mas do que vi gostaria de dizer à Odete Santos: cuidado com o que dizes.. não te vá cair um dentinho!

quanto ao resultado final não o cheguei a ver mas suponho que tenha ganho o Sr. Salazar, como seria de esperar dum povo como o português. Salazar foi um português importante, daí até ser o maior de todos os tempos vai um bom bocado.. Este bairrismo provinciano que nos persegue deste tempos imemoriais não nos deixe nunca, ou deixaremos de ser Portugal e ainda nos chamam Europa.

Será que na Alemanha ganhou Hitler e na Itália Mussolini. Não me dou ao trabalho de procurar. Quanto mais nos espezinhamos mais portugueses somos; pequeninos, mesquinhos e sensaborões.

Gostei da intervenção do senhor que defendia o Marquês de Pombal sobre o facto de sabermos roubar mas nunca termos sabido criar riqueza. Mas o importante, como sempre entre nós, é saber se Cunhal tem hipótese de ser beatificado. E a cadeira.. sempre a cadeira. Acho que a revolução acabou por correr mal, devia ter havido uma guerra civil que evitasse agora estas discussões. Nada como o silêncio das balas para ganhar argumentos.


um povo que não conhece a sua história está condenado a navegar à deriva.

a bater com o pé

e porque a música é qualquer coisa de especial para os nossos cerebelos, aqui vai um par de sugestões que têm cruzado o meu winamp ultimamente: Uxu kalhus e Lhasa

Uxu kalhus - banda portuguesa auto-intitulada banda de baile
Lhasa - espanhola na tradição do bom chillout

bora ao festival de sines ?



ao som de Cypress Hill - Tequila Sunrise

quarta-feira, março 14, 2007

sexta-feira em albufeira o mundo esteve para acabar

mortus est mais um blog dos tantos que por ai pululam.
nascido num fogacho de inspiração de alguém sem nada para dizer.
ainda assim, já moribundo, se continuou arrastando na podridão fétida dos pântanos do apocalipse.


mas o sufoco era maior que a enxurrada de pensamento passivo de transcrição.
aguentou a barragem, estagnou o ribeiro, e do outro lado nem o salmão se cumpriu, postado que ficou nas pás da turbina.


e como crime é continuar a escrever quando nada se tem para dizer, decretada lhe foi a morte, que de súbita pouco teve, mas não deixou de ser fogo fátuo na floresta internetica.


será chuva, será gente?


qual fénix, qual carapuça.


ia já a caminho da legal medicina quando se lhe escutaram uns latidos, ainda que carregados de parcimónia e mais para lá do que para cá para chamar as coisas pelos nomes. mas parece que a decadência atrai a compaixão, e ainda que morrendo querendo, não lho deixou o raio do autor.


eis que se levantou e disse:


mas não foi sem mais nem menos que um dia parti sem destino nenhum. tem graça, dou por mim pensando onde isto me vai levar. talves um dia acabe por pintar a 125 de azul, quando a lua me trocar por outro bandido qualquer. vai e segue, tu que no fim do mar três vezes giraste e e três vezes rugiste. cantar de salomão, tom e meio abaixo de qualquer coisa que soe bem.

veste o preconceito e arremeça-te, semsaborão maldito, que o sentido da vida é a vida sem sentido. isto afinal é mesmo tudo a mesma carneirada.

não te preocupes filho, que eles têm lá coisas e computadores e hão de saber o que fazer contigo.

revolta-te meu menino, revolta-te, não são dois whiskeys ao jantar que fazem de ti a burguesia.

deixa que o desejo te ate ao leme da passarola que voa com as vontades, meu d. joão V de trazer por casa.

domingo, outubro 22, 2006

Operação k7 quebrada

Há coisa de duas semanas, enquanto reorganizava os meus aposentos, dei por mim sem saber o que fazer às k7's VHS que se amontoavam a um canto. Depois de sentir uma certa embriaguez nostálgica ao passar por títulos como "Os condenados de Shawshank", "O Corvo", "Pulp Fiction", "As minas do rei Salomão", "Fim de semana com um morto", entre outros, achei que ocupavam demasiado espaço para o uso que lhes conferia. Assim, sob o slogan "Tornar-me 100% digital" enforcei aquilo a que dei o nome de Operação K7 quebrada.

Ainda que com alguma mágoa e uma certa dose de incerteza sempre presente, lá foram as amigas VHS pela conduta que as conduziu ao caixote verde (ainda pensei na reciclagem mas nao sabia qual a cor do caixote onde as devia depositar e afinal de contas sou sportinguista).

Uma vez concluida a operação, uma sensação de alívio percorreu o meu corpo, de tal forma que já nem compreendia não só a hesitação anterior, como o facto de ter demorado tanto tempo para me decidir a levá-la à prática.

E assim vivi feliz desde aí..

Até que recebo um mail do amigo Siopa que passo a reproduzir:


"O Instituto Português de Oncologia (IPO) está a angariar filmes VHS para os
doentes da unidade de transplantes que estão em isolamento. «São crianças e
adultos que precisam de um transplante de medula e de estar ocupados
durante o tempo de internamento», explicou ao Portugal Diário a Enfermeira
responsável pela unidade, Elsa Oliveira.

A «falta de "stocks"» torna necessária a ajuda da população: «Precisamos de filmes para as pessoas mais desfavorecidas que não têm possibilidade de os trazer. Algumas crianças trazem os seus próprios filmes e brinquedos mas depois quando têm alta levam-nos», acrescenta.

O IPO aceita todos os géneros de filmes, mas a preferência vai para a «comédia». Numa altura menos feliz das suas vidas, «um sorriso vai fazer bem a quem passa dias inteiros numa cama de hospital». Rir é sempre um bom remédio.

As cassetes de vídeo ou DVD's antigos podem ser enviadas para:

Instituto Português de Oncologia de Francisco Gentil
A/C SrªEnfª Elsa Oliveira

Rua Professor Lima Basto 1093 Lisboa Codex

Ou então, informe-se pelo telefone: 21 726 67 85"


Para evitar que aqueles de vós que ainda não se tornaram 100% digitais percam a oportunidade de fazer rir as crianças que têm de ficar todo o dia internadas a ver morangos com açucar e floribelas aqui fica a mensagem. Nada como um belo filme do Eddie Murphy ou do Chevy Chase, que nos entreteu nos 80's e que ainda pode fazer bem a alguém.